Autistas do “Onda Azul” participam de bateria no “Circuito Medina de Surf”





Sete surfistas autistas do projeto Onda Azul de São Sebastião – que conta com

o apoio da Prefeitura, por meio das secretarias de Esportes (SEESP) e da

Pessoa com Deficiência e do Idoso (SEPEDI); do Instituto Gabriel Medina

(IGM) e de diversos voluntários – participaram pela primeira vez de uma bateria

especial no Circuito Medina de Surf 2018, que foi realizado neste final de

semana em Maresias, Costa Sul do município.

A bateria, nomeada Onda Azul Wizard Litoral Norte, começou às 12h30, durou

até as 14h e não teve caráter competitivo, mas participativo. A premiação, que

foi oferecida a todos os participantes, foi de um boné, uma camiseta, medalha,

kit de pintura, jogo lúdico e uma camiseta do projeto “Onda Azul”.

Uma das autoras do projeto e coordenadora de areia do “Onda Azul” em São

Sebastião, Sandra Lamb, comentou sobre a avaliação da bateria. “O que foi a

bateria fecha muito com o final dela, na premiação, quando a presidente do

Instituto Gabriel Medina, Simone Medina, fez um relato muito emocionante,

quando disse que os autistas estão aí, é preciso olhar para eles e precisamos

aprender muito com eles. Então essa fala dela, traz em si a avaliação de que

realmente, que esse momento de inclusão para eles, de verem suas famílias e

si próprios acolhidos, faz com que as famílias se sintam parte do que é, na

verdade, de todo mundo, a sociedade de modo geral poder vê-los e dar um

olhar com atenção e carinho a eles”, disse ela

Ainda de acordo com Sandra, ter esse tipo de projeto em São Sebastião, gera

importâncias que giram em torno de três âmbitos. “O primeiro lado da questão

é que os autistas e familiares sentem-se valorizados com isso, ele também

agrega valor ao projeto em si e leva informação para a sociedade do que

realmente é o autismo. O projeto traz em si a questão de uma nova terapia, no

sentido não só da terapia em si, mas também de uma inclusão que é um

espaço gostoso de lazer, é fora de consultório, de um ambiente formal de

terapias, então as famílias se sentem muito acolhidas, já que a gente tem uma

equipe de voluntários de areia e mar, que é capacitada para esse trabalho,

sabe sobre autismo. Às vezes as famílias deixam de ir a praia temendo algum

constrangimento ou preocupados de que aconteça algo com seus filhos, porém

com o projeto, ele se torna um novo momento de lazer para essas pessoas que

moram no litoral, pois tem um acolhimento legal e acabam por se divertir

bastante”, completou Sandra.

Estão inseridos no projeto, 20 autistas de São Sebastião, com uma lista de

espera de sete pessoas, incluindo inclusive, segundo a SEPEDI, pessoas de

outros municípios, que podem participar como convidados.



Os interessados no Onda Azul devem mandar uma mensagem no e-mail,

ondaazulsaosebastiao@gmail.com, manifestando interesse em participar do

projeto, ao fazer isso, o projeto enviará aos interessados os trâmites gerais a

serem seguidos.

Onda Azul

O projeto foi criado em 2015, em Florianópolis/SC e hoje também atua em

Imbituba, além de São Sebastião. É exclusivamente oferecido para autistas

porque sua metodologia foi pensada para atender às dificuldades de interação

social, comunicação e disfunção sensorial.

Em São Sebastião, o projeto iniciou em 2017. Além de Sandra, que é chefe de

divisão de Programas e Projetos de inclusão da SEPEDI, o educador físico

Ubiratan Mourão, chefe de divisão de Esportes Náuticos da SEESP também

coordena o Onda Azul.

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