Autoridades do setor turístico reúnem-se para debater impactos e regras do “Turismo de 1 dia” em São Sebastião





Secretários de turismo e outras autoridades da área reuniram-se com representantes de diversos setores do poder público para tratar de um assunto que tem trazido problemas para a região do Litoral Norte, que é o “Turismo de 1 dia”, e que foi tema da reunião que aconteceu no Observatório Ambiental, na Rua da Praia, na última semana. No encontro, reforçou-se a parceria entre as cidades para alavancar o turismo local, de forma regularizada e organizada.

Na presença de três dos quatro secretários municipais de Turismo da região, Adriana Augusto Balbo, de São Sebastião, Ricardo Fazzini, de Ilhabela, e Luiz Antônio Bischof, de Ubatuba, o Diretor de Turismo de Ubatuba, Marcos Roberto dos Santos, ministrou uma pequena palestra, seguida de um debate, sobre temas pertinentes ao chamado “turismo de 1 dia”, também conhecido como “turismo predatório”.

Santos é guia turístico credenciado, turismólogo e profissional da área há mais de 30 anos, e explanou para os secretários, representantes das divisões de fiscalização e posturas municipais, vigilância sanitária, transportes urbanos, Polícia Militar, Guarda Civil e divisão de tráfego, os problemas, os impactos e o regramento necessário para coibir o turismo de um dia. Além disso, Santos esclareceu diversos pontos relacionados à legislação vigente voltada para o turismo.

Para ele, um dos maiores problemas, além da ausência de retorno econômico, esse tipo de turismo onde se passa o dia aproveitando as praias e as maravilhas de nossa região, e que ao anoitecer retorna para sua cidade de origem, é o impacto ambiental, já que na maioria das vezes todo resíduo de descarte é deixado aqui, se tornando imediatamente nossa responsabilidade.

De acordo com a secretária de Cultura e Turismo de São Sebastião, Adriana Augusto Balbo, a Prefeitura tem realizado operações para fiscalizar turismo irregular, onde quatro ônibus foram autuados por exercer atividade sem autorização. “É um turismo que não fomenta a hotelaria, não fomenta os restaurantes e o comércio local, ao contrário, deixa muito lixo, atrapalha o trânsito e logo vai embora”, ressaltou. “Temos que coibir esse tipo de turismo predatório que não traz nenhum benefício para a nossa cidade”, finalizou.

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