Centro de Reabilitação realiza capacitação com agentes de saúde e enfermeiros da Costa Sul





O Centro de Reabilitação de São Sebastião realizou, na tarde de quinta-feira (24/08), em Boiçucanga, na Costa Sul do município, uma capacitação para enfermeiros e agentes comunitários de saúde (ACS) que atuam nos Postos Básicos de Saúde (PSF) de Toque-Toque Pequeno a Boracéia.

O encontro, válido pela Semana Municipal de Prevenção às Deficiências, serviu para treinar os agentes sobre os diferentes tipos de deficiências, formas de prevenção e os cuidados contínuos a serem tomados com os pacientes. Uma palestra sobre o Centro de Reabilitação também foi realizada para elucidar as atribuições do setor e como eles se integram entre si.

“O evento foi de extrema importância porque se os pacientes são bem assistidos nos PSFs, eles não chegam a ir para a reabilitação que é o último estágio do tratamento, o que otimiza os custos e gera uma melhor qualidade de vida para eles. Na Costa Sul, temos uma demanda diferente em relação aos pacientes do centro, por isso focamos em todos os tipos de deficiência”, comentou a coordenadora do Centro de Reabilitação Costa Sul, Estela do Amparo.

As palestras foram ministradas pela terapeuta ocupacional, Adriana Muniz, e pela fisioterapeuta, Daiene Abreu. Durante as apresentações, as profissionais explicaram o que são deficiências, quem são as pessoas com deficiências, utilizaram exemplos de doenças que geram limitações e como preveni-las, além de dados relevantes sobre o município, como a estatística de que em São Sebastião, existem quase 20 mil pessoas com algum tipo de deficiência, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010.

“A prevenção pode reduzir em até 70% os riscos de doenças que causam deficiência, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Por isso o trabalho entre PSF e Centro de Reabilitação é fundamental. Os PSFs são os olhos da Reabilitação, que por sua vez, são os braços e pernas dos pacientes. Todos têm de estar muito bem integrados”, disse a fisioterapeuta, Daiene Abreu.

Ao final, uma dinâmica foi realizada com os cerca de 50 profissionais presentes. Os agentes foram divididos em grupos e tiveram de realizar atividades que pessoas com deficiências realizam diariamente, como se locomover com cadeira de rodas, andar com os olhos vendados, entre outras.

A enfermeira do PSF Maresias 1, Débora Carvalho, tentou sair de uma cadeira de rodas, sentar em uma normal e voltar para a de rodas. “É muito difícil. Eles acabam desenvolvendo habilidades que as pessoas sem deficiência não possuem. Tem de ter muita força nos braços, equilíbrio, é bem complicado. Sem contar que a cidade não possui a acessibilidade necessária”, disse a enfermeira após o teste.

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