Memorial na estrada, ato e religioso e homenagem em escola marcam um ano da tragédia com estudantes na Mogi-Bertioga




Um ato religioso no km 84 da Rodovia Mogi-Bertioga marcou a data de um ano do trágico acidente que vitimou 17 estudantes e o motorista do ônibus que fazia linha entre São Sebastião e Mogi das Cruzes. Uma placa com o nome dos universitários foi fixada no recuo da rodovia e os parentes e amigos depositaram flores no local exato do acidente, que hoje encontra-se protegido por uma mureta de concreto. Os prefeitos de São Sebastião, Felipe Augusto, de Mogi das Cruzes, Marcus Melo e de Bertioga, Caio Matheus participaram do evento.

As homenagens aos universitários prosseguiram, à tarde, em São Sebastião, em evento organizado por alunos e professores da escola municipal Sebastiana Costa Bittencourt, em Barra do Uma, onde a maioria das vítimas estudou quando adolescente. Já às 20h, na Igreja Católica do mesmo bairro acontece uma Missa de Ação de Graças em memória das vítimas.

No memorial da estrada Mogi-Bertioga, o prefeito Felipe Augusto lamentou a triste data que vitimou jovens estudiosos que iriam construir o futuro de nossas cidades e, quem sabe do país. E reforçou: “essa foi uma tragédia que abalou o país”. Felipe registrou também um agradecimento a todos os profissionais que, naquela fatídica noite, ajudaram a salvar vidas no lamentável acidente.

O prefeito Bertioga destacou que “a vida não acaba aqui. Haverá um reencontro, pois os estudantes permanecem vivos em nosso coração”. O chefe do executivo mogiano também ressaltou o momento triste, pois os alunos estavam na sua cidade, e desejou que os familiares “caminhem com Deus” para suportar suas ausências.

Falando em nome dos parentes das vítimas, os pais da estudante Rita de Cássia, Marinalva e Otacílio, desejaram que todos vivam os próximos dias como se fossem os únicos, e que a tragédia “foi causada por pessoas que só pensam no dinheiro. O advogado José Beraldo, que defende as famílias na Justiça, ressaltou que “ninguém está aqui atrás de fortuna, mas de Justiça”.



Perfil



Na escola municipal Sebastiana Costa Bittencourt, o destaque da homenagem ficou por conta da professora Andréia que lecionou para os estudantes naquela unidade escolar. Ela traçou o seguinte perfil de cada um deles: Damião: “homem sonhador”; Daniel: “menino observador no seu silêncio”; Daniela, a “Japa”: “risonha, brincalhona”; Gabi Oliveira: “doce e meiga que conversava muito com a Natália: menina frágil”; Maria: “premiada, podia contar com ela em tudo é sempre com um lindo sorriso”; Daniel: “namorado da Gabi, comilão e já sabia o que queria fazer da vida”; Guilherme: “o príncipe, desenhista maravilhoso”, Rita de Cássia: “talvez a minha preferida acertou todas as questões de História do Enem, com sonho na área da medicina”; Lucas: “dramático pra tudo; se envolvia em tudo na escola; área de jornalismo era a cara dele”; e Sonia: “a mais velha do ônibus, minha amiga particular”.

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