Cerca de quatro mil convites foram trocados por 1 kg de farinha de trigo ou uma caixa de leite durante o 20º Litoral Dance Festival, que aconteceu na Praça de Eventos da Rua da Praia e no Teatro Municipal de São Sebastião entre os dias 25 e 28 de maio. Toda arrecadação foi destinada ao Fundo Social de Solidariedade da cidade. O festival foi uma realização da Prefeitura Municipal de São Sebastião, em parceria com a Allegro Stúdio & Produções.
A presidente da Fundação Educacional e Cultural de São Sebastião Deodato Santana (FUNDASS), Adriana Augusto Balbo, avaliou que o festival mais do que superou as expectativas da organização. "Além das quatro mil pessoas que vieram prestigiar o evento, tivemos uma média de mil bailarinos, além dos jurados, organizadores e a prefeitura inteira reunida”, disse.
Adriana destacou ainda a mobilização do Fundo Social de Solidariedade que esteve com um estande de vendas de produtos e artesanatos para arrecadação de renda para os projetos sociais da cidade.
Toda a solidariedade vista na troca de ingressos reflete muito o que vem sendo plantado pela autora do projeto. Mathilde Mathias, autora presente em todos os momentos desde a instalação das primeiras estruturas, conta que o evento surgiu com a ideia de promover um festival competitivo, mas humanizado, onde não se configurasse apenas o quesito competição.
"Estava em busca da construção de um ambiente em que os dançarinos pudessem realizar a troca de experiências e o intercâmbio que acontece de uma forma natural. Desejava que o festival servisse de vitrine aos participantes, onde um possa apreciar o trabalho do outro e aprender", lembra.
Mathilde destaca ainda todo o cuidado dedicado aos competidores por parte dos jurados, que não se prendem apenas às notas e críticas, mas também à parte didática do festival que busca orientar; estimulando o trabalho, a inovação e, principalmente, a reciclagem e o aprendizado.
Para um dos jurados, Jolles Sales, nestes 20 anos, este foi um momento de extrema importância para a cidade. "Cada ano que eu venho aqui é uma novidade, mas a deste ano superou tudo, tanto pela qualidade dos grupos quanto pela estrutura", destacou.
"Com o festival, a cidade cresce culturalmente e, neste ano, ficamos, de fato, surpreendidos com a excelente organização. Quero dar os parabéns ao prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto e a autora do evento, Mathilde Mathias", declarou Sales.
A bailarina, Julia Aldair Ramos de Oliveira, do Studio de Dança MD de Praia Grande, que se apresenta no festival desde 2014, também ficou surpresa com a nova estrutura. "Este festival é sempre organizado. Mas, neste ano, surpreendeu bastante porque está muito mais organizado. O que eu mais gostei foi da nova estrutura, da tenda, que atendeu às necessidades das coreografias com um palco maior, com iluminação e todas as melhorias que fizeram", ressaltou.
O dançarino sebastianense, Antônio Nisoli, obteve o primeiro lugar no festival na categoria “caráter", de danças étnicas, do Grupo Teatro Dança Guadalquivir, junto com a dançarina Gabriela Collares com coreografia de Martine Blain e também afirmou que a organização de 2017 foi a melhor de todas.
"Eu já participei de várias edições deste mesmo evento que é de altíssimo nível; pois por ele passam grandes bailarinos de expressão. Desta vez, de todas as edições, esta organização foi a melhor em cada detalhe, desde os espaços das cadeiras à forma de montagem que foi muito profissional. Os participantes puderam ver que tudo foi feito por quem realmente conhece a técnica da dança artística", avaliou Nisoli, que ainda parabenizou a organização do evento e toda equipe da prefeitura de São Sebastião que produziu este grande trabalho.
No encerramento do festival, além da presença dos índios da Aldeia Rio Silveiras, na Rua da Praia, em frente à Secretaria de Cultura e Turismo (SECTUR), quem passou pelo evento também pode conferir a apresentação da Banda Municipal Manoel Ladislau de Matos, que agora promoverá suas apresentações aos domingos a partir das 16h.
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