Município não registra um caso sequer há vários anos
Há vários anos sem registrar um caso sequer de raiva humana, São Sebastião está inserida no que o Ministério de Saúde denomina de “área controlada”. Por conta disso, a comunidade local não corre risco algum apesar do fato do Governo Federal não atender, desde agosto, a demanda integral de distribuição de vacinas antirrábicas aos Estados e, consequentemente, aos municípios.
Em vista dos muitos questionamentos populares sobre a aplicação das doses, a Secretaria de Saúde (Sesau), por meio do Departamento de Vigilância em Saúde/Divisão de Vigilância Epidemiológica, esclarece que, com o objetivo de otimizar e adequar a demanda a esta situação, decidiu por centralizar as aplicações da antirrábica em duas unidades de saúde: UBS de Topolândia, na região central da cidade e no PA de Boiçucanga, na Costa Sul do município. Mas enfatizou que, tão logo a distribuição das vacinas pelo Ministério da Saúde seja regularizada, todas as salas de vacinas do município terão as doses disponibilizadas como anteriormente.
Até lá, segundo informou o diretor do Departamento, Givanildo Tavares, conforme orientação do próprio Ministério da Saúde, a vacina será aplicada somente em situações graves, com mudança no esquema de aplicação. “Esta redução no estoque de vacina ocorre em todo o território nacional e por isso, até que a situação se regularize, vamos seguir à risca todas as orientações, não havendo necessidade de pânico nem histeria generalizada, uma vez que, saliento, São Sebastião está dentro da área controlada”.
Doses
De acordo com Tavares, a vacina antirrábica para humanos está indicada para possível exposição acidental ao vírus da Raiva, porém, a indicação depende do tipo de acidente e do animal que causou o acidente. “Neste caso, é preciso ser observados, atentamente, alguns fatores, como as condições do animal agressor (aparenta estar raivoso? desapareceu? morreu?) e o porquê da agressão (a agressão aconteceu por um motivo justificável como índole ou treinamento do animal? reação a maus tratos? auto defesa? alguma doença e/ou dor?)”, enumerou o diretor.
Além disso, há outros três aspectos que podem ser avaliados, segundo explicou Givanildo Tavares. Ou seja, se existe a possibilidade de observar o animal por 10 dias, se há risco do animal transmitir raiva pelo recebimento do tratamento que recebe, se o animal só sai à rua acompanhado, e ainda se o animal é vacinado. “Portanto, o que determina a indicação e a aplicação da vacina antirrábica é uma boa avaliação pelo profissional de saúde do contexto do acidente e das condições do animal”, concluiu.
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