Trabalhadores desempregados fazem novo manifesto na Topolândia por vagas na obra do Contorno; empresa dará resposta dia 1º

Radar Litoral



Trabalhadores desempregados fazem novo manifesto na Topolândia por vagas na obra do Contorno; empresa dará resposta dia 1º






Cerca de 40 trabalhadores desempregados fizeram um novo manifesto em frente à entrada do canteiro de obras da empresa Queiroz Galvão, no início da manhã desta quinta-feira (21/7), na Topolândia, em São Sebastião. O grupo pede a abertura de novas vagas e cobra a admissão de moradores da cidade nas frentes de trabalho da obra da Nova Tamoios – Contornos. A empresa dará uma resposta à comissão de trabalhadores no dia 1º de agosto.

O manifesto começou ainda durante a madrugada, por volta das 5h30, e impediu a entrada dos ônibus que levam os trabalhadores contratados ao canteiro. A manifestação só foi encerrada por volta de 9h30, com a chegada do gerente de contrato da Queiroz Galvão, Ernesto Escóssia Camarço.

O presidente da Idefesp (Instituto de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo), Mônico Santos, e o presidente da Apresconci (Associação dos Prestadores de Serviço da Construção Civil do Litoral Norte), Juarez Dias Brito, lideraram o movimento e explicaram o motivo do protesto. “As entidades se uniram em prol dos desempregados e em razão do não cumprimento da lei de cotas voltada às pessoas com deficiência”, disse Mônico Santos.

Muitos trabalhadores relataram durante o protesto que as contratações só estariam ocorrendo mediante a “indicações”. Os representantes das entidades relataram que existem alojamentos na região para abrigar trabalhadores vindos de outras localidades. “Temos um índice alto de desemprego na região. Nossa intenção não é parar obra, longe disso, mas que priorizem os trabalhadores da cidade”, ressaltou. A Idefesp e a Apresconci tiveram uma reunião com representantes da Queiroz Galvão na quarta-feira (20/7). “A resposta era que não tinham previsão de novas contratações e nem uma política referente à lei de cotas, o que foi denunciado ao Ministério do Trabalho e ao Ministério Público”, relatou Mônico Santos. O manifesto foi comunicado à Polícia Militar, que esteve no local desde o início da manhã, e também à empresa.



Negociação e abertura dos portões

Por volta das 9h, o gerente de contrato da Queiroz Galvão, Ernesto Escóssia Camarço, esteve no local e conversou com os trabalhadores desempregados, que lhe entregaram um envelope repleto de currículos. Aos trabalhadores, ele relatou que dos 1.100 contratados atualmente, cerca de 250 são de outros municípios em razão das funções técnicas exercidas. Ele afirmou que todos os ajudantes, por exemplo, são do município, de bairros como Topolândia, Morro do Abrigo e Jaraguá. Camarço enfatizou que as contratações são baseadas nos currículos e no cadastro do PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) e negou qualquer tipo de interferência por "indicações".







Camarço garantiu retornar ao local no dia 1º de agosto para dar uma resposta aos trabalhadores sobre novas contratações. “A reivindicação é justa, mas o contrato não tem como abraçar toda a cidade, resolver toda a questão do desemprego. Temos nos aproximado das comissões e a cada nova frente aberta contratado os trabalhadores da cidade”, disse o gerente à reportagem do Radar Litoral.

Comentários