Depois de protesto e passeata por reajuste, servidores de São Sebastião decidem por paralisação na próxima terça-feira





Depois de protesto e passeata por reajuste, servidores de São Sebastião decidem por paralisação na próxima terça-feira


Servidores públicos municipais de São Sebastião realizaram um ato de protesto no Paço Municipal nesta terça-feira (17) contra a falta de reajuste por parte da Prefeitura. Depois da sessão de Câmara, onde o assunto foi debatido pelos vereadores, a categoria decidiu realizar uma paralisação na próxima terça-feira (24).

Por volta das 16 horas, os servidores se concentraram em frente ao Paço Municipal e decidiram entrar no pátio e pedir a presença do prefeito Ernane Primazzi. Com a não presença do prefeito, o grupo, estimado em cerca de 200 pessoas, segundo o Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais), fez uma passeata pelas principais ruas do centro da cidade, que terminou na Câmara Municipal.

Após a sessão, em assembleia extraordinária realizada nas proximidades do Legislativo, os servidores decidiram realizar uma paralisação na próxima terça-feira, com concentração em frente ao Paço Municipal. Posteriormente, deverá ser realizada uma passeata que terminará na Câmara.

A presidente do Sindserv, Audrei Guatura, classificou o movimento desta terça-feira como “muito bom. Conseguimos mobilizar um bom número de pessoas e mostrou que o servidor está engajado nesta luta. Temos certeza que na próxima terça-feira o número de pessoas será ainda maior”.

O Sindicato reivindica repasse da inflação do ano passado mais as correções (11,52%) e reposição de 11,19% referente ao ano de 2016, totalizando 22,71%, além de reajustes nos vales refeição e alimentação.

Na Câmara

Durante a sessão, foi aprovado um requerimento do vereador Gleivison Gaspar, o Professor Gleivison (PMDB), que pede à Prefeitura nova ofensiva em suas contas para não penalizar o servidor. “Faltam menos de 300 dias para o fim dessa administração. Peço que façam um esforço sobrenatural para tentarem sair de forma digna”.

Ele mostrou os requerimentos apresentados desde 2014 reivindicando o reajuste para categoria e afirmou que nestas situações, “o discurso é bom, mas falta atitude para a Câmara. Peço que os vereadores que não se posicionaram que desçam do muro”. O peemedebista sugeriu ainda que se tranque a pauta de interesse da Prefeitura até uma resposta positiva aos servidores.

O vereador Onofre Neto (PHS), que é procurador da Prefeitura, disse que o Município deve receber nos próximos dias mais R$ 15 milhões do chamado incontroverso da ação do IPTU e a Petrobras está propensa a fazer um acordo. “Se não der para conceder o percentual solicitado, que pelo menos o prefeito dê o que for possível”.

Durante a sessão, a presidente do Sindserv questionou os números apresentados pela Prefeitura quanto ao percentual comprometido com a folha de pagamento, que deveriam ser melhores fiscalizados e analisados. Segundo o Sindicato, o comprometimento seria em torno de 46%, o que significa que haveria margem para o reajuste.

O parlamentar Reinaldo Alves Moreira Filho, o Reinaldinho (PSDB), disse que a administração não demonstra força de vontade de mostrar que está tentando fazer algo para repor as perdas da categoria. Jair Pires (PSDB) propôs a formação de uma comissão com técnicos da Câmara para analisar as contas da Prefeitura.

O vereador Edivaldo Campos, o Teimoso (PSB), disse eu é preciso esquecer a justificativa do IPTU da Petrobras para não conceder reajuste ao servidor. “A Câmara deu reajuste e a Prefeitura também pode conceder”.

O presidente da Câmara, Luiz Antônio Santana Barroso, o Coringa (PSD), disse que não consta no regimento a possibilidade de trancar a pauta até eventual reajuste à categoria. Atendendo solicitação de vereadores, será agendada uma audiência ou mesmo uma reunião com o prefeito na Câmara para explanação das contas e da folha de pagamento.

Quanto à pauta, alguns vereadores se posicionaram em dificultar a aprovação dos projetos do Executivo até que a situação dos servidores seja resolvida.




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