Zoonose realiza vacinação e tratamento na aldeia Ribeirão Silveira


Legenda: Equipe percorre aldeia para tratamento dos animais



Cerca de 120 animais foram atendidos pela equipe da CCZ

A cada seis meses, a equipe do Centro de Controle de Zoonose da Secretaria de Saúde da Prefeitura de São Sebastião percorre os aldeamentos da Terra Indígena Guarani Ribeirão Silveira, localizada em Boracéia, para atendimento dos animais com controle de vacinações e tratamentos de doenças. Nesta quarta-feira (29), foi encerrado o trabalho com medicação para sarna em cães, gatos e filhotes que já foram vacinados e passaram por atendimento iniciado há três semanas, explicou a chefe de Divisão do Centro de Controle de Zoonose, Wania de Araújo Moreira.

Acompanhada por funcionários da CCZ e pelo agente de saúde indígena, Mariano Kuary Mirim, a equipe visitou várias casas verificando os animais com problema de sarna que precisavam receber medicação especial. Na aldeia, são cerca de 120 animais, dos quais 80% de cães atendidos pela Zoonose que realizou a vacinação antirábica na primeira semana.

Durante a visitação, os problemas verificados são tratados no próprio local sem necessidade, até o momento, de encaminhamento ao CCZ. Porém, o maior número de casos refere-se a animais com sarna, o que acaba afetando a saúde da própria comunidade. Alguns casos de sarna humana são verificados durante o próprio atendimento da Unidade de Saúde da aldeia que normalmente comunica os casos ao Centro de Controle de Zoonoses, explicou Wania.

Quando constatado o problema, é realizado o tratamento completo, disse a responsável pelo CCZ, que atendeu, quarta-feira, um caso atípico. Uma fêmea, ainda filhote, não conseguia se alimentar porque ficou com parte de um brinquedo preso na boca, entre a gengiva e os dentes. O procedimento para retirada do objeto foi rápido para alívio do animal e alegria das crianças e moradores que estavam preocupados.

Outro trabalho feito pela Zoonose na primeira visita deste ano à aldeia indígena foi verificar denúncia de maus tratos que chegou ao conhecimento do setor mas que não foi confirmada. Wania explicou que os cuidados e relação com os animais na aldeia são diferentes e estão ligados à própria cultura indígena. Os animais vivem livres, caçam e algumas vezes se machucam. Para o agente de saúde indígena do Ribeirão Silveira, Mariano Kuary Mirim, o trabalho da Zoonose é “muito importante para a comunidade e também para a saúde dos animais. O trabalho é muito bom e com o tratamento completo melhora também a saúde da comunidade”.

A Terra Indígena Guarani Ribeirão Silveira, localizada na divisa de São Sebastião com Bertioga, é ocupada por cinco aldeamentos. Dados do Censo 2010 apontavam a presença de cerca de 115 famílias, no total de 553 pessoas. Desse total, 359 na faixa entre zero e 15 anos, o que constata o crescimento da população jovem que também segue as tradições da cultura guarani.

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