Creche Municpal Adriana Vasques retoma aulas na Topolândia



Pais demonstram indignação com atos de vandalismo na unidade escolar



As atividades na Creche Municipal Adriana Vasques, localizada na rua Antônio Pereira da Silva, 140, na Topolândia, região central de São Sebastião, foram retomadas nesta quarta-feira (24), após dois dias de paralisação em função de ato de vandalismo ocorrido na madrugada do último sábado (20).

As aulas foram suspensas pela Secretaria de Educação para garantir a segurança dos 200 alunos atendidos na unidade. Além da invasão, a creche teve a despensa incendiada perdendo todos os produtos e alimentos estocados, além de equipamentos e utensílios de cozinha danificados.

De acordo com a secretária de Educação, Angela Couto, a volta da prestação dos serviços na creche se deu em virtude dos grandes esforços tanto de sua pasta, quanto dos demais departamentos da Prefeitura, que providenciou um pronto-atendimento da unidade visando a garantia dos serviços prestados à comunidade.

O clima na manhã desta quarta-feira era de tranquilidade e muito trabalho da equipe preocupada em colocar tudo no lugar como os espaços de atividades das crianças como o cantinho da leitura. A despensa, ao lado da cozinha, ainda estava fechada e o teto atingido pelo fogo ganhou novas telhas. Equipamentos como fogão, freezer, liquidificador e outros utensílios foram danificados, mas o atendimento às crianças foi normalizado.

Indignação

A sensação que ficou entre funcionários e, principalmente pais de alunos, foi de muita tristeza e indignação. Um dos primeiros a chegar pela manhã foi Wilson Gomes, morador no Itatinga, que levou sua menina de 3 anos. Segundo ele, além da tristeza, a preocupação dos pais foi enorme, pois muitos não têm onde deixar os filhos. “Minha esposa trabalha e eu consegui levar minha filha no trabalho. Se não pudesse fazer isso, ela não teria onde ficar”, disse.

Domingas da Silva, moradora na Topolândia, leva diariamente seu netinho à creche. “Quem fez isso não teve pais que ensinaram a dar valor ao alimento”, desabafou. Já, Mailson Brandão, que reside no Itatinga e tem um menino de 3 anos, disse que o “ato de vandalismo foi fora do normal. Eles prejudicaram as crianças. Será que, no futuro, eles não terão seus filhos passando por essa escola? Não dá para entender”, questionou.

Para Michelle Campos, que tem uma menina de 2 anos, foi algo inexplicável. Fiquei indignada porque as crianças não têm culpa. Destruíram os alimentos e muitas não têm o que comer em casa, dependem da alimentação na creche”. A unidade fornece cinco refeições diárias para cerca de 200 crianças da região.

Alerta

A secretária de Educação pediu que a população fique atenta à preservação do patrimônio público. “Quando este equipamento de uso público é depredado, a maior prejudicada é a própria comunidade que usufrui deste bem e, que já garantiu anteriormente, através do pagamento de seus impostos seu bom funcionamento. Porém, se ele é destruído, o cidadão acaba sendo lesado, porque novamente é o dinheiro de seus impostos que é utilizado para sua recuperação. Portanto, vale a pena que todos fiquem atentos e ajudem na preservação destes patrimônios”, declarou Angela Couto.

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