São Sebastião sedia encontro sobre Regimes Próprios de Previdência Social






Fotos: Rosângela Falato

Legenda1: Secretário de Administração e presidente do Faps, Reinaldo Figueiredo, pede a união dos fundos da região

Legenda geral: Evento reúne vários profissionais na Videoteca Municipal




São Sebastião sedia encontro sobre Regimes Próprios de Previdência Social

Treinamento reunirá, até esta quinta-feira, representantes de institutos das quatro cidades do Litoral Norte



Os procedimentos de aplicações financeiras e as complexas normatizações referentes aos RPPS (Regimes Próprios de Previdência Social) são debatidos em São Sebastião no primeiro encontro de treinamento de gestores, servidores e conselheiros de RPPS realizado pelo Faps (Fundo de Aposentadoria e Pensões dos Servidores) do município com a participação, inclusive, de representantes de institutos de Ubatuba, Caraguatatuba e Ilhabela.

Iniciado nesta quinta-feira (28), pela manhã, na Videoteca Municipal, o curso conta com a participação de especialistas da Unidade de Gestão Previdenciária do Banco do Brasil, em Brasília (DF), e será encerrado na tarde desta sexta-feira (29).

Presidente do Faps, o secretário de Administração da Prefeitura de São Sebastião, Reinaldo Luiz Figueiredo, destacou a importância desse primeiro encontro e defendeu a união dos institutos do Litoral Norte que, em sua opinião, poderiam promover encontros constantes para troca de informações e experiências. “Seria muito salutar, pois enfrentamos as mesmas dificuldades. Hoje, por exemplo, estamos atrás da Certidão de Regularidade Previdenciária, que já venceu, e temos tido dificuldades em Brasília pois é exigida a apresentação dos extratos do dia das aplicações e não o mensal”, disse o secretário.

Ele explicou que São Sebastião foi sorteado com o curso do Banco do Brasil e estendeu a participação aos demais municípios pela necessidade de união. “As cidades não podem perder esse contato importante para os Fundos de Pensão”, afirmou o secretário frisando que a união poderia fortalecer os fundos de aposentadoria dos municípios junto às instituições bancárias para obtenção de melhores retornos.

O encontro contou com a presença de Roberto Andere, gerente de Relacionamento de Governo do Banco do Brasil na região, e Daniel Mazetti, gerente geral da agência do BB, em São Sebastião, que destacaram a importância da especialização para todos os envolvidos.

Legislação e Investimentos

Gerente da Unidade de Gestão Previdenciária do Banco do Brasil, em Brasília, Hernani Cyreli Raupp, abordou mais as questões de legislações que normatizam os RPPS. “O objetivo maior da existência do Regime Próprio é conceder benefício digno ao segurado de acordo com as normas constitucionais. É uma matéria complexa que poucas pessoas entendem no país , mas que decide os direitos e valores do segurado na aposentadoria”, disse o gerente frisando que a proposta é oferecer alternativas para a pessoa se aposentar com seus direitos garantidos. Esses assuntos serão abordados com mais ênfase nesta sexta-feira.

Temas como riscos, políticas de investimentos, índices, indicadores, inflação e taxa de juros, foram apontados por Cristiano Pereira do Nascimento, assessor de Unidade de Gestão Previdenciária, do Banco do Brasil, em Brasília. Ele explicou quem ao falar em investimentos, aborda-se a questão das taxas de juros, resultados de um cenário econômico que vem de algum tempo. Nascimento também explicou que o Copom (Comitê de Política Monetária) leva em conta vários fatores ao definir as taxa básica de economia como análises da dívida pública, reservas cambiais, câmbio, inflação e nível da taxa de juros, lembrando que o “antibiótico” para a inflação é o aumento dos juros.

Para exemplificar, comentou o cenário da crise econômica mundial em 2008 com uma apreciação do real em relação ao dólar que criou um cenário desinflacionário para economias emergentes. A partir do momento em que o dólar ganhou força, muitas moedas desvalorizaram, o câmbio trouxe um viés inflacionário elevando os preços e, para combatê-lo há uma desaceleração da economia. Ele também falou sobre as taxas da Selic, em torno de 13,25%, sobre CDI (Certificado de Depósito Interbancário), aplicações fixas e variáveis como o Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores Brasileiro, e citou índices aplicados da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica) como o IPCA ( Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e o INPC que são os que mais interessam, uma vez que o IPCA é o índice oficial utilizado pela maioria dos RPPS (Regimes Próprios de Previdência Social) que aplicam o IPCA mais 6% de ganho real.

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