Saúde mantém vacinação contra HPV em Unidades Básicas



Foto: Divulgação
Legenda: Esta pode ser a primeira geração praticamente livre do risco de morrer de câncer do colo do útero


A Secretaria de Saúde mantém a campanha de vacinação contra o HPV em todas as Unidades Básicas da cidade. O objetivo da campanha, lançada pelo Ministério da Saúde, é de imunizar meninas de idade entre 9 e 11 anos contra o vírus da doença e prevenir o câncer de colo de útero.

Até o momento a cidade conseguiu aplicar 577 doses. A meta, seguindo as regras do próprio ministério, é garantir a imunização de 80% do público alvo que, em São Sebastião, é de 1982 meninas nesta faixa etária.

De acordo com a chefe de divisão da Vigilância Epidemiológica Karine Dias equipes da secretaria de saúde estão indo até as escolas municipais para vacinarem as meninas. “Enfermeiros vão às unidades escolares para que todos tenham o acesso e sejam imunizados”, disse.

Embora o trabalho nas escolas seja feito para facilitar, Karine explica que ainda existe muita resistência por parte de pais e responsáveis que acabam proibindo as filhas de receberem a dose. “Percebemos que a falta de informação e boatos que circularam pela internet prejudicaram muito a forma como os pais encaram esta campanha. Ainda há muita resistência principalmente por parte da família que não deixa a menina ser vacinada na escola”, comenta.

Ainda segundo a chefe de divisão os pais que se sentirem incomodados em permitir a vacinação nas escolas podem levar as meninas em uma das unidades de saúde do Município que também oferecem a mesma dose. “É muito importante deixarmos claro que os pais que tiverem receio de liberar a filha para ser imunizada na escola podem acompanhá-las em uma das unidades de saúde”.

Segundo informações do Ministério da Saúde a vacina contra o HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual, e por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, é utilizada como estratégia de saúde pública em mais de 50 países, por meio de programas nacionais de imunização. Estimativas indicam que, até 2013, foram distribuídas cerca de 175 milhões de doses da vacina em todo o mundo. A sua segurança é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A expectativa do ministério é a de vacinar 4,94 milhões de meninas em 2015. No ano passado foram 5 milhões de meninas imunizadas em todo o país. Ainda de acordo com o Ministério, esta pode ser a primeira geração praticamente livre do risco de morrer de câncer do colo do útero.



Câncer do colo do útero – O câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, atrás apenas do de mama e de brônquios e pulmões. O número de mortes por câncer do colo do útero no país aumentou 28,6% em 10 anos, passando de 4.091 óbitos, em 2002, para 5.264, em 2012, de acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil, publicação do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. No entanto, a imunização não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.

O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18. Em relação ao câncer do colo do útero, estudos apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos. (fonte: Ministério da Saúde)





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