Um grupo de 50 alunos do 5º ano da EM Solange de Paula, na Enseada, Costa Norte de São Sebastião, formou a tripulação do projeto Visão Costeira na manhã dessa sexta-feira (17).
O projeto, uma iniciativa da Semam (Secretaria do Meio Ambiente), proporciona aos estudantes da rede municipal conhecimento sobre a dinâmica que ocorre na cidade entre as atividades terra e mar, como a circulação dos navios, funcionamento do Porto, além de análise e observação da Serra do Mar. Atualmente o projeto conta com apoio do Instituto Supereco, e tem o objetivo de ganho no aprendizado aos alunos ao proporcionar atividades extraclasses.
Capitaneando a tripulação com idade entre 10 e 11 anos, o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Hipólito do Rego, procurava despertar a conscientização e atentar para o cuidado com o meio ambiente. Cada vez que a embarcação se aproximava de um bairro, Hipólito contava a história e revelava lendas do local. Atentos, os alunos registravam toda a experiência, com anotações ou imagens.
“Uma aula assim desperta o interesse dos alunos que passam ter uma consciência da região onde vivem”, comentou o secretário.
Rota
A rota desses navegantes começou ao zarparem da praia de São Francisco, na região central da cidade, até o Mangue do Araçá, e antes de retornar em terra firma passou pela Costa Norte da cidade, área onde está localizada a escola da tripulação dessa terça-feira. A bordo de uma escuna, os estudantes observaram a diversidade ambiental do município, passando por mangues, praias, costões rochosos, entre outros.
A professora Luiza Oliveira ressaltou que atividades fora de sala de aula contribuem e conquistam o aluno ao aprendizado. “O mais importante é vivenciar situações que possam transformar o modo de pensar deles”, atentou a professora.
O Visão Costeira, que teve início de suas atividades em 2011, já embarcou cerca de 2 mil alunos do Ensino Fundamental, da rede pública de São Sebastião.
Bijupirá
Ao desembarcarem a aventura ainda não havia terminado. Os alunos almoçaram na EM Topolândia, e à tarde foram ao Balneário dos Trabalhadores, também na região central da cidade, para conhecerem outro projeto – o Bijupirá.
O grupo foi orientado pelo gerente comercial da empresa Maricultura Itapema, Domingos Lorca, sobre o projeto desenvolvido no município. O trabalho, realizado com apoio da Semam, consiste em um laboratório de produção de alevinos (larva do peixe logo após seu nascimento), sem qualquer ônus ao município.
O projeto sustentável é referência no país em funcionamento e visa melhorar as condições de vida da comunidade pesqueira artesanal de São Sebastião. O projeto assegura oferta de peixe ao pescador durante todo ano, independente de períodos de defeso. Com a possibilidade de criação doméstica, o pescador se beneficia diante de um espaço para pesca cada vez mais reduzido com os anos, em virtude da criação de áreas de proteção na região.
Assim, o projeto Bijupirá assegura a opção para diversificar a atividade gerando aumento da renda e assegurando o direito do pescador retirar o seu sustento dos ecossistemas marinhos.
O Bijupirá é um peixe nativo presente na costa brasileira apreciado pelo sabor e textura da sua carne. A espécie possui importantes características como crescimento acelerado e excelente conversão alimentar.
Departamento de Comunicação | PMSS-Segov
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