Continua em São Sebastião, a Campanha de Vacinação contra o HPV


Foto: Divulgação

Legenda: A vacina HPV é do tipo quadrivalente, previne a infecção e, consequentemente, os casos de câncer de colo de útero causados pelos tipos 16 e 18 e as verrugas genitais pelos tipos 6 e 11




Estudos mostram que a melhor ocasião para vacinação contra a doença é efetivamente na faixa etária de 9 a 13 anos, antes do início da atividade sexual



Com o objetivo de reforçar as atuais ações de prevenção do câncer de colo do útero, a Prefeitura de São Sebastião continua com a estratégia de vacinação contra o HPV (Papilomavírus Humano) 6, 11, 16 e 18, iniciada nesta segunda-feira (9), o que possibilitará prevenir a doença nas próximas décadas.

Segundo informações do Centro de Vigilância Epidemiológica da Sesau (Secretaria de Saúde), até abril as equipes do PSF (Programa de Saúde da Família) agendarão, junto às diretorias das escolas públicas e privadas do município, a data para orientação aos pais e realização da vacinação na própria escola. A partir do mês de maio a vacina estará à disposição nas USFs (Unidades de Saúde da Família).

Atualmente a doença representa a quarta causa de morte por câncer entre as mulheres brasileiras e faz, por ano, 5.264 vítimas fatais. Vale lembrar que a vacina é uma ferramenta de prevenção primária e não substitui o rastreamento do câncer de colo do útero (Papanicolau) da mesma forma que a vacina não confere proteção contra outras doenças sexualmente transmissíveis como HIV, Sífilis e Hepatites B e C, por isso a importância do uso do preservativo em todas as relações sexuais.

Tipos

O HPV é um vírus que apresenta mais de 200 genótipos diferentes, sendo 12 deles considerados oncogênicos pela IARC (Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer) e associados a neoplasias malignas do trato genital, enquanto os demais subtipos virais estão relacionados a verrugas genitais e cutâneas.

Os tipos virais oncogênicos mais comuns são HPV 16 e 18, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero, enquanto os HPV 6 e 11 estão associados a até 90% das lesões anogenitais. No Brasil, o perfil de prevalência de HPV é semelhante ao global, sendo 53,2% para HPV 16 e 15,8% para HPV 18. Outros tipos de câncer que podem estar associados ao HPV são de vagina, de vulva, de pênis, de ânus e de orofaringe.

A vacina HPV é do tipo quadrivalente, possui na sua formulação uma combinação de 4 tipos de HPV. Previne a infecção e, consequentemente, os casos de câncer de colo de útero causados pelos tipos 16 e 18 e as verrugas genitais pelos tipos 6 e 11. A vacina HPV já foi introduzida em mais de 51 países como estratégia de Saúde Pública.

Transmissão

A principal forma de transmissão do HPV é por via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital.

A vacina HPV é bem tolerada, mas como toda vacina pode apresentar eventos adversos como dor e edema (inchaço) no local da aplicação da vacina, dor de cabeça, febre de 38 graus ou mais e síncope (desmaio). Neste caso, para permitir pronta intervenção caso ocorra a síncope, a adolescente deverá permanecer sentada e sob observação por aproximadamente 15 minutos após a administração da vacina.

Em 2014, quando da aplicação da segunda dose da vacina HPV, foram notificados sintomas como dor de cabeça, tonturas, desmaios, falta de ar, fraqueza nas pernas sem que nenhuma alteração clínica ou laboratorial fosse identificada. Segundo informações, tais situações foram registradas em algumas escolas e está relacionado à reação de ansiedade pós-vacinação.

Alvos

O público alvo para a aplicação da primeira dose são meninas de 9 a 13 anos de idade. Este ano a vacinação será ampliada para as meninas e mulheres de 9 a 26 anos de idade vivendo com HIV (infectadas pelo HIV). Este procedimento será realizado apenas no Cemin (Centro Municipal de Infectologia).

No caso da população indígena, a população alvo da vacinação compreende meninas de 9 a 13 anos.

Ainda de acordo com a pasta, a recusa da vacinação deverá ser manifestada por escrito pelos pais e/ou responsáveis pela menina e entregue ao profissional de enfermagem que estiver realizando a vacinação.

Desde a introdução da vacina HPV, umas das preocupações das famílias em vacinar essa faixa etária seria uma possível mudança no comportamento sexual dessas jovens que, influenciadas pela vacina, poderiam se sentir estimuladas a iniciar mais precocemente a vida sexual.

Contudo, estudos mostram que a melhor ocasião para vacinação contra o HPV é efetivamente na faixa etária de 9 a 13 anos, antes do início da atividade sexual, além de que é nessa época de vida que a vacinação proporciona níveis de anticorpos mais altos.








Departamento de Comunicação | PMSS-Segov

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