Evento marca implantação de fazenda marinha na Cigarras






Estrutura está sendo reposta pela Transpetro após vazamento de óleo
Odara Gallo


Um coquetel com clima de piquenique realizado na tarde de ontem na Praia das Cigarras, na Costa Norte, marcou a implantação da fazenda marinha no local. A estrutura está sendo reposta, já que anterior foi destruída em abril do ano passado com o vazamento de óleo no canal, causado pela falha em uma válvula do sistema de dutos da Transpetro. “Infelizmente, às vezes acontecem acidentes, mas graças ao poder da mobilização a empresa está aqui apoiando. A gente tem muito orgulho de estar fazendo algo que é só o começo, temos muitas coisas pra conquistar”, declarou o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Hipólito do Rego.
O Instituto de Ecodesenvolvimento da Baía da Ilha Grande (IED-BIG) cedeu para a Associação de Maricultores do Estado de São Paulo (Amesp) uma estrutura de quatro linhas de criação, 20 viveiros e 20 mil sementes de mariscos vieira (também conhecido como Coquilles Saint Jacques). “Essa é uma ação simples que pode ser expandida para fixar o pescador no seu habitat”, disse José Luiz Zaganelli, presidente do instituto. “O cultivo da vieira traz um novo ânimo”, completou Evandro Sebastiani, presidente da associação.
“É uma chance de dar certo. Se o Coquille adaptar com as nossas águas, é uma chance de ter mexilhão e Coquille, que tem o valor um pouco mais alto”, opinou o maricultor João Moraes, 42 anos, que estimou um prejuízo de 50% nos ganhos desde que a produção foi paralisada. “A fazenda foi começada por mim, com essa nova, vamos esperar que melhore a produção”, disse o pescador Jaime Moreira, que trabalha com extração de mexilhões há 15 anos.



Fonte Imprensa Livre

Foto: Jorge Mesquita/IL

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