Saúde reforça importância da vacinação contra o HPV







Foto: Divulgação



A secretaria municipal de Saúde de São Sebastião divulgou ontem nota reforçando a importância de que o maior número possível de adolescentes entre 11 e 13 receba a vacinação que imuniza contra o vírus do HPV.

Em São Sebastião a meta é que cerca de duas mil meninas sejam vacinadas.

Durante o período de campanha técnicos da Vigilância Epidemiológica do Município irão percorrer todas as escolas Municipais, Estaduais e Particulares com o objetivo de imunizar as meninas que tiverem a prévia autorização dos pais.

A vacinação nas escolas será muito importante para o alcance da meta de 80% de cobertura vacinal das adolescentes. A experiência dos mais de 50 países que já adotam a vacina HPV demonstra que melhores coberturas vacinais podem ser obtidas com a vacinação na escola, uma vez que essa estratégia facilita o acesso à vacina para as adolescentes que não procuram ou têm dificuldade de acesso às unidades de saúde. Além disso, como formadora de opinião, a escola possui legitimidade na disseminação das informações às adolescentes.

As Unidades Básicas de Saúde (UBS) também terão as doses à disposição das adolescentes, que deverão ir até o local acompanhadas de um responsável que autorize a vacinação.

A vacinação é importante para a prevenção do câncer de colo de útero. Para receber a dose, basta apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação.

Na primeira fase, no mês de abril, São Sebastião ultrapassou a meta exigida pelo Ministério da Saúde, que era de 80%, com 102% do público alvo vacinado.

Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção, sendo a segunda seis meses e a terceira cinco anos após a primeira dose.

Além da segunda dose, a secretaria de Saúde vai disponibilizar também a primeira dose para as meninas que entraram na faixa etária exigida. Neste ano, será vacinado o primeiro grupo (11 a 13 anos). Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e em 2016 às meninas de 9 anos.

O vírus HPV, do inglês Human Papiloma Virus, está associado a presença de vários tipos de câncer, especialmente em mulheres. É um vírus capaz de causar lesões de pele ou mucosas, que habitualmente regridem por ação do sistema imunológico.

O vírus é muito contagioso, sendo possível a contaminação com uma única exposição. A transmissão do HPV ocorre por contato direto com a pele ou mucosa infectada e a principal forma é pela via sexual. Mas também pode haver transmissão da mãe para o bebê, durante a gravidez e o parto (transmissão vertical). Estima-se que entre 25 e 50% da população feminina e 50% da população masculina mundial esteja infectada pelo HPV.

O PAPEL DA VACINA HPV NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO

A vacina HPV é do tipo quadrivalente, possuindo em sua formulação uma combinação de 4 tipos de HPV. Ela previne a infecção e, consequentemente, os casos de câncer de colo de útero causados pelos tipos 16 e 18 e as verrugas genitais pelos tipos 6 e 11. A vacina HPV já foi introduzida em mais de 50 países como estratégia de Saúde Pública.

Há evidências de que a vacina confere maior proteção e é indicada para pessoas que nunca tiveram contato com o vírus, induzindo a produção de 10 vezes mais anticorpos que uma infecção natural pelo HPV8.

A sua utilização é destinada exclusivamente à prevenção e não tem efeito demonstrado nas infecções pré-existentes ou na doença clínica já estabelecida. Até o momento, não há evidência científica de benefício estatisticamente significativo em vacinar mulheres previamente expostas ao HPV.

Cabe lembrar que a vacina é uma ferramenta de prevenção primária e não substitui o rastreamento do câncer de colo de útero (Papanicolau), pois a vacina não confere proteção contra todos os tipos de alto risco do HPV. Da mesma forma, a vacina não confere proteção contra outras doenças sexualmente transmissíveis, como HIV, sífilis, hepatites B e C e, por isso, ressalta-se a importância do uso do preservativo em todas as relações sexuais.

A vacina HPV é segura e bem tolerada, mas como toda vacina pode apresentar eventos adversos, conforme descrito a seguir.

EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO (EAPV)

Principais sinais e sintomas

1. Dor, edema e eritema de intensidade moderada, no local de aplicação.

2. Cefaléia (dor de cabeça); Febre de 38ºC ou mais; Síncope* (ou desmaio).

*A síncope é uma alteração transitória da consciência acompanhada por perda da consciência e do tônus postural, causada pela diminuição do fluxo sanguíneo no cérebro, com recuperação espontânea, a maioria ocorre nos primeiros 15 minutos após a vacinação. É uma das causas mais comuns de perda parcial ou total da consciência e, embora seja um distúrbio benigno, com boa evolução, de modo geral, tem potencial para produzir lesões, como fraturas do quadril ou dos membros. Geralmente há um estímulo desencadeante, como dor intensa, expectativa de dor ou choque emocional súbito. Vários fatores, como jejum prolongado, medo da injeção, ambientes muito quentes ou superlotados, permanência de pé por longo tempo, podem aumentar a ocorrência de síncope. Em qualquer caso, a orientação é acionar o SAMU e encaminhar para Pronto Socorro.

Na ilustração: Nota Técnica do Ministério da Saúde faz alusão aos casos de reação adversa registrados em Bertioga.





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