Vereadores cobram calendário de reformas de áreas de lazer







Sem projetos para votação na Ordem do Dia, requerimentos são destaques
Cris Lopes


Requerimentos endereçados ao Executivo, solicitando melhorias em praças, áreas de lazer, quadras esportivas e ponte deram o tom da sessão da Câmara de São Sebastião, na última terça-feira. Marcado pela ausência de projetos para a votação na ordem do dia, os vereadores se debruçaram na discussão de reivindicações da comunidade; base e oposição chegaram a um consenso sobre a necessidade de um cronograma de reformas e manutenção de áreas e equipamentos públicos, por parte da Secretaria Municipal de Obras. O objetivo é dar uma resposta à cobrança feita pela população aos pares.
“O mínimo que pedimos é planejamento”, disse o vereador Professor Gleivison Gaspar (PMDB), durante a discussão do requerimento 427/14, apresentando pelo colega Edivaldo Pereira Campos, o Teimoso (PMDB), que solicita reforma geral da área de lazer do bairro Olaria, um dos mais populosos do município, na região central. “A quadra esportiva precisa de reforma e cobertura; o padrão de luz está em um estado deplorável, oferecendo risco de acidentes graves, principalmente com crianças; os brinquedos também estão quebrados”, relata Teimoso. Apesar de considerar que uma intervenção precisa ser feita no local com urgência, o parlamentar disse já ter “desencanado” e aguarda as melhorias apenas para o próximo ano.
O vereador Jair Pires (PSDB) acredita que a reforma na referida área de lazer deveria ter sido feita há cinco anos. “Em um pacote de obras lançado pela prefeitura em 2009, previa-se a cobertura da quadra, o que não ocorreu”. O parlamentar alegou ter conferido que a situação da caixa de luz é preocupante. “A fiação está toda exposta”, disse.
O par Onofre Neto (PHS), que também atua na Procuradoria Jurídica da Prefeitura, afirma que há processos de indenização movidos pela comunidade contra o Executivo por conta de acidentes ocorridos em vias públicas. “A maioria dos equipamentos dessas áreas de lazer são de ferro”. Sobre a área de lazer do Olaria citada pelos colegas, Neto alega que “o risco de acidentes é sério, não apenas lá, mas em outras áreas de lazer, como a da Rua da Praia; a administração precisa olhar essa questão com carinho”.
O vereador Professor Gleivison voltou a defender que a administração apresente uma programação de reformas das áreas de lazer da cidade, tais como Barequeçaba, Jaraguá, Paúba, Pôr-do-Sol, entre outras e sugeriu que todos a pedissem, solicitando, inclusive, o intermédio do líder do Governo na Casa, o vereador Luiz Antonio Barroso, o Coringa (PSD). “Só referentes ao Olaria foram cinco requerimentos meus pedindo melhorias; em um deles pedi essa programação de reformas, mas ela não veio. Todos nós temos que cobrar essa programação. O mínimo que pedimos é planejamento”, encerrou Gleivison.


Lobo Guará
Na área de infraestrutura, Teimoso também apresentou requerimento melhorias na ponte que liga a comunidade Lobo Guará ao bairro de Cambury. “O acesso está precário e a comunidade sofre muito nos dias de chuva com a cheia do rio”, relata. O vereador Ercílio de Souza (SDD) pediu para assinar o documento junto com o par. “A ponte precisa ser melhorada; certa vez um morador disse que ela precisava de um corrimão, e eu pensei ‘é para apoiar’, mas não, era para a comunidade ‘enxergar a ponte’, que fica submersa em dias de muita chuva e que o rio transborda”.


Entrada
Dois projetos de autoria do Executivo deram entrada na última terça-feira e foram encaminhados para as comissões permanentes de estudo da Casa. O primeiro, 24/14, solicita a autorização do Legislativo para a criação do “preposto cadastrado” (ajudante), ou seja, “quando o titular da licença ambulante não puder exercer atividade por motivo comprovado, caso fortuito ou força maior, o preposto cadastrado poderá substitui-lo na função, pelo prazo que durar o impedimento”.
Já o projeto de lei 25/14, visa a adequação visa adequar a nomenclatura da Secretaria que exercerá o controle de resultados da Fundação Agência de Bacias Hidrográficas do Litoral Norte (FABHLN). A Secretaria de Obras e Meio Ambiente e Urbanismo (Semur) passou a ser Secretaria do Meio Ambiente (Semam), daí a necessidade da alteração. A outra mudança é sobre o valor da participação do custeio, por parte do município, que será de R$ 68.806,40, com uma elevação de R$ 1.994,30.
Foi acrescentado ao projeto também, dispositivo para resguardar os interesses da cidade, explicando que não haverá nenhum vínculo trabalhista da administração com os funcionários da fundação. O município juntamente com as demais cidades vizinhas poderá somente negociar com a diretoria da Fundação os salários de seus diretores.
São Sebastião poderá participar dos custeios das despesas da fundação, até que seja implantada pelo governo do estado, a cobrança pela utilização dos recursos hídricos do seu domínio, no valor mencionado acima.








Foto: Jorge Mesquita/ IL

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