Clássico do teatro infantil, “A Bruxinha Que Era Boa” leva magia ao Teatro Municipal




Valéria Bortges | PMSS

Cenário e atuações incríveis retratam as aventuras e desventuras da pequena bruxinha Ângela

Com o clássico texto de Maria Clara Machado, “A Bruxinha Que Era Boa”, a companhia República Ativa de Teatro levou a magia contagiante da história infantil para crianças e adultos que compareceram ao Teatro Municipal na noite deste sábado (9).

A performance primorosa e um cenário encantador transformaram a montagem numa viagem divertida que encantou o público e provocou a participação das crianças presentes.

Aluna de curso de teatro, a adolescente Julia Cariatti Leandro foi ao teatro em busca de aprendizado em torno do texto clássico, uma peça montada inúmeras vezes pelo país a fora. “Achei tudo muito interessante e muito bem montada, de forma a atrair também a atenção dos adultos. Com criatividade e bom humor, passaram uma mensagem bacana e longe de ser chata”, contou ao final Julia, tendo a opinião compartilhada com a amiga Beatriz Galvão.

Jaqueline Magossi, de Cambury, na Costa Sul, levou os filhos pequenos, Maia e Uan, para curtirem a oportunidade. “O texto é muito interessante e foi trazido de forma lúdica e criativa. Valeu muito a pena tê-los trazidos e poder dividir este momento com eles”, disse a mãe.

Texto clássico

Maria Clara Machado conta as aventuras e desventuras da pequena Ângela, uma bruxinha que sempre se atrapalha ao tentar fazer maldades, ao contrário de suas colegas da Escola de Maldades, um lugar onde todas querem ganhar a fabulosa vassourinha a jato, prêmio para quem for mais malvada e em meio a tanta maldade.

Ângela então conhece Pedrinho, um jovem lenhador com gostos bem parecidos com os dela. Sua nova amizade e seu jeito bonzinho não agrada o grande Bruxo Belzebu III, que promete prendê-la na Torre de Piche.

Na história, Ângela é uma bruxinha que não está em seu habitat natural. Segue a ideia de “O Patinho Feio” de Hans Christian Andersen, de um ser deslocado socialmente e que tenta se adaptar ao meio em que vive.

Porém, esta bruxinha não consegue ir contra seus instintos e acaba por se colocar em foco perante as colegas de classe, que a rejeitam por ter o cabelo arrumado, por não ir bem às provas de feitiços e maldades e por adorar voar feliz de vassourinha por cima das árvores.

Companhia

Mesmo que pareça se tratar de uma fada em meio a bruxas, a República Ativa de Teatro acredita que a história ajude a discutir as diferenças e os preconceitos.

“Em uma sociedade tão heterogênea como a nossa, com essa grande mistura de raças e crenças, nem sempre os pontos de vista são convergentes e nem por isso precisam ser exclusivos”, disse Rodrigo Palmieri, do espetáculo.

“Queremos com esta montagem discutir valores, buscando entender como nossas crianças se colocam em meio ao convívio social, principalmente no ambiente escolar, como lidam com as diferenças e até onde elas entendem tudo isso”, concluiu Palmieri.

A República Ativa de Teatro nasceu da vontade de seus integrantes de estudar e desenvolver uma pesquisa sólida dentro do universo teatral para crianças. Oriunda da Faculdade Paulista de Artes em 2006, a Cia tem em seu repertório quatro espetáculos premiados, contações de histórias e oficinas, resultado do trabalho de uma pesquisa intitulado O Real Imaginário.

Com texto de Maria Clara Machado e direção de Rodrigo Palmieri, o espetáculo faz parte do Programa “Circuito Cultural Paulista”, com 45 minutos de duração e classificação livre.

(VB/RF)



Fonte: Depto de Comunicação

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