Comemoração sobre Conscientização Mundial do Autismo reúne profissionais de Educação Especial



Beatriz Rego | PMSS

Relatos sobre síndrome de autismo emocionam plateia presente

O Dia Mundial da Conscientização do Autismo realizado pela Apae (Associação de Pais de Alunos Excepcionais) em parceria com a Secretaria de Educação movimentou o Centro Cultural São Sebastião Batuíra, no São Francisco, região central da cidade na sexta-feira (4). Durante o evento, ocorreram depoimentos de pais e mães de crianças com autismo; apresentações musicais e teatrais também fizeram parte da programação.

O objetivo do encontro foi o de trazer à tona a discussão sobre questões técnicas e a prática diária no tratamento de pessoas com algum tipo de deficiência, neste caso a síndrome do autismo.

Segundo a presidência da Apae, a reunião é uma oportunidade de troca de experiências entre os profissionais da área, além da percepção de vida demonstrada pelos jovens que têm a síndrome e que fizeram relatos emocionados.

Para a entidade, o trabalho deve ser feito em conjunto entre o Poder Público, sociedade civil, família e instituições diversas, visando o desenvolvimento destes cidadãos em busca uma melhor qualidade de vida.

Daniela B. dos Santos, mãe do estudante incluído João Vitor B. dos Santos, 13, contou um pouco da trajetória vitoriosa de seu filho, diagnosticado aos dois anos de idade com a síndrome do autismo.

João Vitor esteve na Apae por quatro anos até que, gradualmente, foi incluído no ensino regular. “Não foi fácil, é necessário ter 100% de dedicação, e principalmente amor para lidar com todos os desafios. A Apae teve papel fundamental no desenvolvimento dele, e agora na escola os professores de apoio continuam a ajudar e garantir sua autonomia como cidadão e como estudante”, disse Daniela.

Outro relato emocionante foi o de Sônia Martins, mãe da jovem artista Larissa Martins, 22, autista, cega e cadeirante. “Sempre enfrentamos muitas dificuldades, temos familiares em São Sebastião, na Enseada, mas moramos no Rio de Janeiro, e quando a Larissa foi diagnosticada não tivemos toda a assistência necessária. Então corremos atrás, através da força da família, do amor incondicional”, declarou.

Sônia contou ter muito orgulho filha, e frisou que foi na arte, na pintura, que a menina conseguiu expressar para o mundo exterior tudo que se passa dentro dela. “Criamos uma instituição que leva o nome da Larissa e que atende diversas crianças com variadas deficiências, queremos mostrar sempre, diariamente para todos, que, com dedicação e amor, que tudo é possível para aquele que crê”, completou.

A coordenadora do Eape (Espaço de Apoio Pedagógico Especializado), Solange Cristina Cordeiro Toledo da Silva, salientou que para inclusão dar certo, em qualquer lugar do mundo, é necessário que haja engajamento real de todas as forças, Estado, família e apoio. “A complementação social e de saúde são peças fundamentais para que aconteça o desenvolvimento pleno do autista; é indispensável uma parceria multidisciplinar para que o trabalho de inserir estas crianças na comunidade seja realizado da melhor maneira possível. Felizmente temos conseguido isto em nosso município”, finalizou.

(BR/RF)



Fonte: Depto de Comunicação

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