Praça 16 de Março será entregue à população no próximo sábado




Munir El Hage|PMSS

A Cultura e o Meio Ambiente foram preservados durante o projeto

Com um investimento de cerca de R$ 1, 5 milhão, a reurbanização da Praça 16 de Março é um projeto antigo, que passou por diversas fases e adaptações para finalmente ser entregue pela administração.

São Sebastião recebe mais uma fase do Complexo Turístico da Rua da Praia, a Praça 16 de Março. Toda revitalizada e agora integrando um dos mais belos cartões postais da cidade, a entrega será feita pelo prefeito Ernane Primazzi, (PSC), no próximo sábado (28) às 17horas com apresentação da Banda Municipal.

Com um investimento de cerca de R$ 1, 5 milhão, a reurbanização da Praça 16 de Março é um projeto antigo, que passou por diversas fases e adaptações para finalmente ser entregue pela administração.

Por estar em área tombada pelo Condephaat e pelo Iphan, além de ser uma área de remanescentes arqueológicos, percorreu um demorado processo de licenciamento. O objetivo principal do projeto foi, a valorização e preservação dos aspectos históricos, culturais e ambientais da cidade. Com isso, todos os monumentos e marcos existentes como, a Pedra Fundamental da Esplanada das Bandeiras, o Obelisco e o Cruzeiro, foram mantidos e realçados.

Outro fator importante foi a preservação do ambiente natural das calçadas com a conservação integral das espécies arbóreas e arbustivas existentes. Além disso, foram criados novos espaços de contemplação e uso, devidamente equipados com bancos e lixeiras, com caminhos refeitos se integrando a nova urbanização do aterro da rua da praia.

Um dos destaques da revitalização da praça é o Deck, construído sobre as pedras à beira mar se integrando harmonicamente com a praça, ampliando ainda mais a área da orla. O remanescente da praia foi exaltado com a retirada da mureta existente e sua acessibilidade garantida, com a construção de uma rampa adequada.

O projeto ainda resgatou uma antiga e importante intervenção da cidade: o trapiche Altino Arantes. Construído no início do século passado para receber embarcações de maior calado, acabou acolhendo a Excursão Presidencial – realizada entre 16 a 20 de agosto de 1919 - entre as cidades de São Sebastião, Villa Bella (hoje Ilhabela), Caraguatatuba e Ubatuba.

Um novo espaço que expressa bem o cotidiano da vida caiçara também foi criado, retratando a antiga praia existente antes do aterro. Nele estão presentes o rancho caiçara que serve de abrigo para as canoas e um mosaico cerâmico baseado num conto literário de Neide Palumbo (contadora de estória caiçaras), que representa o antigo costume da cata de berbigão ou bebigão, criado pela artista plástica Isabel Galvanese.

Os canhões oitocentistas foram relocados representando a sua verdadeira origem, estrategicamente alinhados com as fortificações da Ilhabela. Um grande projeto paisagístico foi idealizado para trazer maior conforto térmico e ambiental ao espaço. Para isso, mais de 4 mil espécies tropicais foram plantadas no local.

Finalizando, a obra contemplou também um importante trabalho de sondagem arqueológica onde alguns resquícios arquitetônicos foram confirmados como peças de cerâmica neo-brasileira, faianças, utensílios de metal, frascos de perfumes em vidro, cachimbos, moedas, medalhas, entre outros comprovando a potência da vida local no passado.



Fonte: Depto de Comunicação

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