Ponte que liga Sahy e Baleia volta apresentar problemas





Buracos e tábuas soltas na ponte ameaçam segurança de usuários que precisam utilizar a passarela para se deslocar no bairro
A ponte que liga os bairros da Baleia e Barra do Sahy, na Costa Sul de São Sebastião, voltou a apresentar antigos problemas que já motivaram acidentes e interdições. Na tarde dessa terça-feira, o Imprensa Livre constatou o estado precário da estrutura construída à base de madeira.
Pedestres e ciclistas precisam desviar de buracos e tábuas empenadas que expõem os usuários ao risco de acidentes. Na passagem de veículos mais pesados, a ponte chega a balançar. A reportagem presenciou o momento em que um trator deslocou uma das madeiras, abrindo um vão entre o espaço destinado para veículos e a passarela para pedestres. Questionada pela reportagem na tarde dessa terça-feira, a Prefeitura não quis se manifestar a respeito.
Diariamente, centenas de pessoas transitam pela ponte sobre o Rio Sahy. Em geral, são trabalhadores das mansões e condomínios situados na Baleia, além de alunos da escola de Barra do Sahy. “Está tudo remendado. Outro dia quase caí no buraco”, reclama o pintor Deoclécio Carlos de Moraes, 39 anos.
Com a proximidade da temporada, o movimento se tornou mais intenso e já se formam filas de veículos em ambos os lados, o que deve acelerar o desgaste da estrutura. O presidente da associação do bairro da Baleia, Marcos Penteado, admite o receio em transitar pela ponte. “Qualquer hora vai cair alguém”, prevê.
Segundo ele, a entidade contribui, anualmente, com a Prefeitura para manutenção da estrutura. “Mas só vai ter uma solução definitiva quando for construída uma ponte de concreto”, acredita Penteado.


A reivindicação é antiga. Em julho de 2010, em resposta a um requerimento do então vereador Marcos Jorge (hoje secretário-adjunto de Segurança), o prefeito Ernane Primazzi (PSC) informou que já haviam sido realizados estudos para a construção de uma nova ponte, prevista para o primeiro trimestre do ano seguinte. Em 2011, um abaixo-assinado circulou entre moradores pedindo providências ao prefeito.
Como isto não ocorreu, Ernane voltou a ser cobrado, no ano passado, em um novo requerimento, desta vez do então vereador Paulo Henrique. O prefeito respondeu, na ocasião, que haviam dois projetos sendo estudados e que estava buscando parcerias para dividir os custos.
Com 24 metros de extensão, a ponte tem um longo histórico de problemas e interdições. Por conta da fragilidade da estrutura, o tráfego de caminhões e ônibus ficou impedido entre o final de 2009 e julho de 2012, quando a Prefeitura finalizou a substituição de todo o madeiramento e estrutura metálica. A última interdição ocorreu em agosto deste ano. Parte da estrutura cedeu quando um ônibus trafegou sobre a passarela para pedestres, que fica junto à ponte. (H. R.)


Foto: Helton Romano/IL

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