Cerca mil trabalhadores aderem mobilização em frente ao Tebar e a UTGCA







Trabalhadores em massa participaram do movimento em frente ao portão de entrada na UTGCA
Pelo menos mil trabalhadores do Terminal Aquaviário Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião, e da Unidade de Tratamento de Gás Natural Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguá, cruzaram os braços ontem de manhã no Litoral Norte.
O movimento foi coordenado pelo Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro-LP). Os sindicalistas exigem uma proposta que atenda as demandas dos trabalhadores (acordo coletivo), o cancelamento do leilão do Campo de Libra agendado para dia 21 de outubro e o fim do projeto que prevê a terceirização de serviços.
No caso da UTGCA, o Sindipetro-LP cobra também mais segurança aos trabalhadores e o fim dos constantes vazamentos na unidade. Segundo apurou a reportagem, o movimento foi concentrado pela manhã, por volta das 7h, horário de entrada dos funcionários, e durou pouco mais de uma hora. Não houve registros de problemas no trânsito.
Na UTGCA, de acordo com o Sindipetro-LP, a adesão dos trabalhadores terceirizados teve também outras reivindicações concretas: empregados da Schahin enfrentam dois meses de calote do vale-refeição; trabalhadores da empresa RIP que estariam sem equipamentos de segurança, além da força de trabalho da empresa Dédalos, empresa responsável pelo reflorestamento no entorno da unidade, não receberam até hoje o adicional de periculosidade.
“Em Caraguá tivemos a participação de pelo menos 600 pessoas das contratadas e 150 dos efetivos. O movimento permanece e a portaria continua bloqueada. Iniciamos uma conversa ontem à tarde com a direção da empresa em Santos para verificar as demandas”, disse o sindicalista Eduardo João da Silva.
Em São Sebastião, o movimento ficou concentrado pela manhã e também não houve problemas no trânsito. O Sindipetro-LP ficou na porta do Tebar durante todo o dia para repassar as informações aos trabalhadores. No Tebar, a paralisação teve forte apoio de petroleiros aposentados e pensionistas. Até o fechamento desta edição, não havia acordo entre a Petrobras e o Sindipetro-LP, cuja mesa de negociação foi realizada em Santos.
Em nota, a Petrobras informa que tem como prática nesse tipo de mobilização tomar todas as medidas necessárias para garantir a normalidade das operações da companhia, de modo a não haver qualquer prejuízo às atividades e ao abastecimento do mercado, sendo mantidas as condições de segurança dos trabalhadores e das nas instalações. Informou, ainda, que não houve qualquer reflexo na produção da companhia.
Sobre as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho 2013, a Petrobras informa que realizou uma série de reuniões com as entidades sindicais e apresentou sua proposta para as cláusulas sociais no dia 26 de setembro. Quanto às cláusulas econômicas, será apresentada proposta a partir da próxima semana.
Não houve manifestação por parte da Transpetro, responsável pelo Tebar. (A.G)


Foto: Divulgação/Sindipetro-LP

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