Mães reclamam de sala de aula “improvisada” em Barra do Sahy





Escola de Barra do Sahy não dá conta da demanda do bairro
Helton Romano

Um grupo de mães de alunos, matriculados na escola de Barra do Sahy, procurou o Imprensa Livre para reclamar das instalações de uma sala de aula. Segundo relatam, a sala foi improvisada, no meio do pátio, com divisórias de madeirite.
“Na hora do recreio das outras turmas a gritaria é demais. Minha filha chega todo dia em casa com dor de cabeça”, conta a desempregada Gilmara de Souza, 30 anos, que também diz que a janela da sala não fecha porque está quebrada.
A doméstica Girleide Barbosa, 27 anos, confirma. “É uma pouca vergonha São Sebastião ter sala de aula assim. O prefeito tem que fazer alguma coisa”, opina Girleide, mãe de uma aluna de 4 anos. “Ela diz que não escuta o que a professora fala de tanto barulho”, comenta.
A reportagem apurou que a sala foi instalada, de forma provisória, há pelo menos dois anos. A sala tem capacidade para acomodar 20 crianças do ensino infantil. A escola já não daria conta de atender toda a demanda do bairro e prioriza o ensino fundamental – a partir de 6 anos de idade.
A diretora Cacilda Rodrigues da Silva reconhece o problema. “A gente sabe que a sala não é ideal, mas foi uma solução que encontramos para atender as crianças enquanto a Prefeitura não constrói outra escola”, justifica.
Segundo ela, existe grande dificuldade na procura por terreno para abrigar um prédio educacional. “Temos 26 crianças numa lista de espera. Se não tivéssemos essa sala, o número seria ainda maior”, revela a diretora. Em relação à janela, Cacilda garantiu que será consertada.
A reportagem questionou a Prefeitura se existem planos para construção de uma escola em Barra do Sahy, mas não obteve resposta. A Secretaria de Educação (Seduc) proibiu que fosse feita foto da sala de aula, vetando o acesso da reportagem.


Foto: Helton Romano/IL

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