Helton Romano
A falta de médicos na rede pública de São Sebastião motivou a Prefeitura a inscrever o município no programa “Mais Médicos”, do Governo Federal. “Os médicos solicitados devem chegar num prazo máximo de 60 dias”, divulgou a Prefeitura, no site oficial. O número de profissionais requisitados não foi informado.
O Imprensa Livre confirmou, junto ao Ministério da Saúde, que “São Sebastião solicitou oito médicos, mas não consta na lista das cidades contempladas da primeira fase”. Segundo a nota enviada pelo órgão, “a demanda ficou muito acima do número de profissionais inscritos”. O ministério ainda afirma que o município “deverá ser contemplado nas próximas etapas”, mas evitou estimar um prazo.
No último domingo, o prefeito Ernane Primazzi (PSC) falou sobre o assunto, durante evento realizado em Boiçucanga. Ao ser questionado por uma moradora de Cambury, sobre a falta de médico no bairro, Ernane reconheceu o problema e alegou escassez de mão de obra no mercado. “Estamos com quatro ou cinco postos sem médicos fixos, mas que são atendidos por médicos de outros postos”, disse o prefeito. “Talvez, venham cubanos”, completou.
O “Mais Médicos” seleciona profissionais brasileiros formados aqui e no exterior, além de estrangeiros, para atuar em cidades onde faltam esses profissionais. O salário mensal é de R$ 10 mil, custeado pelo Governo Federal. Já o município que acolher o médico fica responsável por sua moradia e alimentação. Uma pesquisa encomendada pela Confederação Nacional do Transporte, divulgada ontem, mostra que 73,9% da população aprova o programa.
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