Moradores de Toque Toque Grande apresentam reivindicações no Projeto Bairro a Bairro







Vereadores ouviram dos moradores queixas sobre saneamento, saúde e transporte
Cada bairro e comunidade de São Sebastião tem suas peculiaridades. Mas, quando se trata de discutir os principais problemas, eles são similares: iluminação precária, manutenção de ruas, pavimentação, falta de áreas de lazer, de cursos, falta de atendimento médico, posto de saúde, transporte coletivo com horários mais flexíveis e preços mais acessíveis, segurança, entre outras questões. Na primeira reunião deste semestre do Projeto Bairro a Bairro, promovido pela Câmara Municipal na noite da última sexta-feira, em Toque Toque Grande, não foi diferente. O encontro destinado a moradores de Toque Toque Grande, Paúba, Santiago, Toque Toque Pequeno e Calhetas reuniu cerca de 90 pessoas.
O presidente da Câmara Municipal, Marcos Tenório (PSC) ressaltou a importância da iniciativa que visa aproximar o Poder Legislativo da população para ouvir seus problemas e encaminhar as reivindicações aos setores competentes em contato direto com os moradores. “Nossa intenção é estar junto da comunidade, levar reivindicações ao Executivo, ouvir reclamações, elogios, estar atento aos anseios da comunidade. Somos poderes independentes mas precisamos estar juntos para atender a população”.


O encontro contou, também, com a participação dos vereadores Edivaldo Pereira Campos (PSB), Ercílio de Souza e Solange Ramos, ambos do PV, e Reinaldo Moreira (PSDB), além do gerente operacional da EDP Bandeirante, Valdir Kytt Korchak, e dos representantes da Ecobus, Egno Oliveira dos Santos (gerente de tráfego), Daniel Tobias Castro (encarregado da garagem) e José Ricardo Guazelli de Siqueira (gerente geral). Entre as reivindicações, todos os moradores de Toque Toque Grande pediram a continuidade dos serviços de calçamento no bairro e especialmente na Rua Beraldino de Mattos, onde fica a sede do Esporte Clube Caiçara, que está em péssimas condições. Esse foi a primeiro dos problemas apontados na lista de Zé Preto, como é conhecido o mestre de obras José Alzimo de Lara Rezende, morador há 24 anos em Toque Toque Grande. Ele também pediu iluminação do beco entre essa rua e a João Fernandes e reclamou da precariedade da iluminação na entrada do bairro e na rodovia. A moradora Hilda Teixeira Veiga disse que a pavimentação da Rua Beraldino de Mattos já tinha sido solicitada ao prefeito. Tenório explicou que o pedido será encaminhado à Prefeitura. Em relação á iluminação no beco, ele e o representante da EDP vistoriaram o local para ver se o problema é de responsabilidade da Bandeirante ou Prefeitura.


A reforma da pracinha, das escolas, professores de educação física para atender as crianças, quadras de esportes também foram apontadas pela ambulante Silvana dos Santos que pediu, ainda, mais horários de ônibus para atender a comunidade. Segundo a moradora Hilda Veiga, as crianças não têm onde brincar e praticar esportes fora da escola. Por isso, também defendeu a construção de um playground no bairro. O morador Fernando Puga lembrou que a quadra existente foi derrubada no último ano da administração de Juan Pons Garcia que prometeu um campo de areia. “Ficamos sem nada. No lugar, há um terreno baldio abandonado há cinco anos. Perdemos esse espaço que é público”.


Terminais
A questão do transporte público foi amplamente discutida. Moradora em Toque Toque Pequeno, a diarista Leomina Nogueira reclamou dos horários para os bairros e das tarifas. ‘Qual o critério para uma tarifa tão cara até Maresias?”, questionou. O gerente da Ecobus, José Ricardo, explicou que ao se fazer a licitação é calculada a demanda e o tráfego percorrido e que, apesar de haver discrepâncias, fica difícil solucionar. No entanto, uma alternativa seria a instalação de terminais de integração que está sendo avaliada pela Prefeitura. O vereador Reinaldo Moreira afirmou que o correto seria pagar pelo uso do quilômetro percorrido. De Paúba a Maresias, por exemplo, paga-se R$ 4,15. Segundo o morador Fernando Puga, o valor é absurdo. “ Se a pessoa precisa ir no Posto de Saúde de Maresias vai gastar mais de R$ 8,00 ida e volta. Se são três pessoas na família, são R$ 24”. Para ele, não seria impacto grande para a empresa reduzir a tarifa nesse trecho.
Outro problema com transporte foi apontado pelo morador de Paúba, o comerciante Alcides Ferreira. As crianças que descem dos ônibus são obrigadas a atravessar a pista e andar cerca de dois quilômetros pelo Caminho do Meio que não tem calçamento e fica intransitável em dias de chuvas. Ele também citou o perigo no cruzamento de acesso ao bairro que, apesar de sinalizado, não é respeitado e reivindicou a possibilidade de ser colocada lombada eletrônica. Sobre o transporte, Tenório pediu que os representantes da Ecobus analisassem o problema.


Em relação à sinalização na Rio-Santos, no trevo de acesso a Paúba, o vereador Edivaldo Pereira Campos (Teimoso) disse que o problema deve ser levado ao diretor do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Orlando Morgado, de Cubatão, que responde pela Costa sul de São Sebastião. Já, sobre as péssimas condições do Caminho do Meio, a vereadora Solange Ramos disse que, por haver rede de esgoto no local, a rua poderia ser contemplada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. “Vamos cobrar do prefeito a possibilidade de incluir o calçamento pelo PAC 3. Em Paúba, o morador também reclamou da falta de manutenção da quadra e da ponte que ainda não foi concluída.


Foto:Celso Moraesa/CMSS

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