Estudante do IF é selecionado para intercâmbio científico nos Estados Unidos







O jovem de 23 anos é morador de São Sebastião e viciado em games eletrônicos
Acácio Gomes


O Litoral Norte acaba de ter um estudante matriculado no Instituto Federal que participará do Programa Ciências sem Fronteiras, um projeto do governo federal que permite o intercâmbio internacional em cursos científicos e tecnológicos. Matriculado no 3º ano do Curso de Matemática, Lucas Conelian de Oliveira, 23 anos, embarca dia 24 de agosto para o Estado de Illinóis, nos Estados Unidos, onde estudará na Western Illinóis Universit, que fica na cidade de Macomb. A universidade foi fundada em 1889 e é considerada a melhor do meio oeste americano.
Ele, que é morador do bairro Pontal da Cruz, em São Sebastião, foi selecionado pelas boas notas obtidas no curso, dos resultados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), além de conhecimentos do inglês.
“Recebi a notícia em julho e desde então é só correria. Primeiro tinha optado por Portugal, mas depois surgiu a oportunidade dos Estados Unidos. Estou com grande expectativa”, disse Lucas.
O jovem confessou que desde os 17 anos tem gosto pela matemática. “Passei na Unesp e fui estudar em Rio Claro. Confesso que me decepcionei quando entrei na Faculdade e achei que não era o que realmente queria. Aí surgiu a oportunidade no Instituto Federal e a minha vontade pela matemática voltou. Comecei a dar aula em escola estadual e isso me incentivou cada vez mais a me especializar”, explicou.


Segundo o professor do Instituto Federal, Dr. Ricardo Roberto Plaza Teixeira, além de Lucas, outros três estudantes devem participar do intercâmbio.
“Tivemos a homologação da seleção de mais três nomes, dois irão para os Estados Unidos e uma para a Coréia do Sul. Estamos colhendo frutos do excelente trabalho feito no Litoral Norte em áreas que estamos carentes de professores. Pouca gente estuda matemática, física, química e por isso vemos poucos professores. Foi pensando nisso que cada vez mais incentivamos estes jovens. Hoje tenho aluno no primeiro ano do curso que já dá aula na rede municipal do Litoral Norte”, ressalta.
Ele estima que o custo para o estudo de um aluno no exterior fique em torno de R$ 100 mil. “Será uma experiência fantástica para estudantes que são oriundos, na maioria dos casos, da rede pública e de uma classe social de média para baixa. Essa experiência no exterior dará um currículo bom para os estudantes, que poderão fazer um mestrado, um doutorado”.
Atualmente, o Instituto Federal conta com três turmas de Matemática e geralmente as salas começam com 40 alunos, mas como todo curso, há evasão.


O programa
O Ciência sem Fronteiras prevê a utilização de até 101 mil bolsas até o ano que vem, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no Programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior.


Foto: Arquivo Pessoal

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