Ercílio cobra repasse para construção de pontes destruídas por enchentes na Costa Sul







As enchentes que atingiram São Sebastião em fevereiro deste ano deixaram suas marcas na cidade. Pontes e passarelas destruídas em bairros da Costa Sul ainda não foram reconstruídas e a população cobra os recursos prometidos pelo Estado após visita do governador Geraldo Alckmin aos locais atingidos. A reconstrução das pontes e passarelas em Boiçucanga e Maresias foi tema do trabalho do vereador Ercílio de Souza (PV) apresentado recentemente em sessão ordinária. Em requerimento à Prefeitura, ele solicitou informações dos repasses do Governo do Estado para o município.


“As enchentes passaram e a gente vem sofrendo pela falta de manutenção nas pontes e passarelas. Somos cobrados todos os dias. Abro o portão de casa e vejo mães com filhos pegando o caminho mais longo para ir à escola devido à distância da estrada Beira Rio que tem cerca de 3 a 4 quilômetros. É um sofrimento muito grande e a gente precisa se mobilizar”, disse o vereador que não sabe mais o que responder à população que cobra as melhorias prometidas.
Ercílio lembrou os problemas com a ponte da Estrada do Cascalho, em Boiçucanga, do Beco 70, em Maresias, e também o sofrimento dos moradores de Cambury com as enchentes. ‘Peço que atendam o povo o mais rápido possível por que a gente não está aguentando mais e não sabe o que falar para o povo. Precisamos resolver os problemas da Costa Sul, principalmente de Boiçucanga, Maresias e Cambury”, concluiu Ercílio.


“Somos indagados nas ruas, nas redes sociais, que a prefeitura recebeu o dinheiro e até agora não se fez nada. Infelizmente, quando o governador anunciou que R$ 1 milhão estava disponível para São Sebastião, para as pontes do Cascalho e do Beco 70, ele não disse um detalhe: que esse dinheiro seria liberado em 6 meses, um ano. É o que vem acontecendo”, disse o vereador José Reis que também mora na Costa Sul. Segundo ele, o Governo do Estado deveria ter agido de forma emergencial e não segundo os trâmites normais exigidos para celebração de convênios. “A Prefeitura teve de apresentar o projeto e o prefeito não tinha um projeto desse na gaveta. Foram três meses para fazer e só agora foi aprovado o termo do convênio que ainda vai demorar mais seis meses”, explicou Reis.
O vereador lembrou que as obras de contenção feitas pelo Departamento de Estradas e Rodagem (DER) no trecho de Boiçucanga, na Serra de Maresias, atingida por deslizamentos de terra, foram iniciadas com mais rapidez porque o DER considerou a emergência, pediu autorização do Estado e depois fará a compensação ambiental. “É uma situação desgastante. Temos de cobrar a Prefeitura, mas ela fica de mãos atadas comentou Reis.


A parlamentar Solange Ramos (PV) considerou louvável o trabalho de Ercílio e criticou o Governo do Estado pela morosidade no atendimento aos moradores da Costa Sul. O vereador do PSDB, Reinaldo Moreira, se solidarizou com o problema, mas disse que é preciso respeitar a burocracia e seguir os trâmites legais porque trata-se de dinheiro público. O colega Professor Gleivison disse que as ações poderiam ter sido agilizadas em função da decretação de calamidade pública. Porém, o vereador Ernane Primazzi (PSC) explicou que a decretação de calamidade pública foi feita pelo município e não pelo Estado. “Quem fez o decreto foi o prefeito. Por isso, ele não precisou de burocracia para trabalhar naquele momento. O governador tinha de ter feito o decreto, mas como fez, não tinha como agir rápido”, disse o vereador. Ele também explicou que a Prefeitura não tem uma “verba dessa magnitude separada no orçamento para construção de pontes. Por isso, o convênio com o Estado”.
Segundo o tucano Jair Pires (PDSB), “Ernaninho se posicionou adequadamente ao dizer que o estado de calamidade pública foi decretado pelo município e não pelo Estado. “É preciso tomar cuidado com dinheiro público, senão vamos ficar com um belo abacaxi nas mãos como está hoje o Centro de Convenções com pedido de demolição”. Já, o vereador Edvaldo Pereira Campos (Teimoso), criticou a ação do Estado. “Parece que a para a cidade vizinha tudo é mais fácil”, disse o vereador.

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