Frequentadores da Rua da Praia apontam situação de abandono de fonte





Atrativo turístico desativado acumula água, terra e sacolas plásticas
Cristiane Lopes


Quem sobe a avenida Dr. Altino Arantes, a Rua da Praia, sentido praça 16 de Março, se depara com uma fonte desativada no meio do caminho. O adereço paisagístico, no entanto, chama a atenção dos transeuntes pelo desuso e aparente abandono. Quem se aproxima, pode perceber o acúmulo de água em seu interior, terra, folhas secas e também sacolas plásticas. Para os mais atentos, a fonte se tornou motivo de preocupação, tendo em vista o risco de epidemia de dengue e os constantes alertas para se evitar acúmulo de água parada, inclusive vindos, rotineiramente, do próprio poder público. Funcionários de restaurantes próximos mal se dão conta da presença da fonte. Questionados se teriam presenciado alguma equipe de manutenção da prefeitura no local em qualquer data e horários recentes, apesar de não apresentarem horários fixos de trabalho diários, três deles disseram não haver percebido qualquer ação preventiva neste sentido nos arredores da fonte.


Procurada pela reportagem, a Prefeitura de São Sebastião, não só citou a fonte próxima à praça 16 de Março como também a do observatório ambiental, no Complexo Turístico da Rua da Praia. A reportagem também esteve no local ontem à tarde e presenciou água acumulada nos arredores do prédio. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura sebastianense, “a fonte do observatório ambiental recebe tratamento com produto químico apropriado para não deixar proliferar nenhum tipo de mosquito, a cada 15 dias. Já a fonte que fica no começo da avenida da Praia está em manutenção e recebe vistoria diariamente”. A assessoria ressalta que em nenhum dos dois locais foram encontradas larvas do mosquito transmissor da dengue.


Mato alto
Frequentadores de restaurantes localizados na avenida Dr. Altino Arantes (Rua da Praia) ainda apontaram trechos de mato alto no Complexo Turístico. Também a título de averiguação, a reportagem esteve ontem à tarde no local e presenciou ao menos oito trabalhadores braçais realizando o corte mecânico da grama em vários trechos do complexo. Segundo a prefeitura, “este serviço é realizado diariamente e não há problemas deste tipo [mato alto] no local”. O que foi presenciado, no entanto, foram alguns arbustos utilizados no projeto paisagístico disformes, que, de longe, pareciam mesmo se tratar de mato alto. De perto, quem passa por ali percebe não se tratar de mato qualquer, no entanto não deixa de indicar uma boa poda, uma vez que chegam a se projetar sobre o espaço destinado ao passeio público.


Com o tempo instável registrado ontem em São Sebastião, poucos se animaram a transitar pelo Complexo Turístico da Rua da Praia. Com os quiosques da Feira de Artesanato vazios; de dois restaurantes fechados e um em manutenção, o jeito foi caminhar apressadamente e bem agasalhado para se proteger da garoa e do vento e espantar o frio. Sobre os planos de realização de futuros eventos no local, durante a baixa temporada, a fim de movimentar o comércio e a própria Rua da Praia, a prefeitura de São Sebastião cita que “em breve será realizado o Arraiá Caiçara”, sem apontar a data do mesmo.


Foto: Jorge Mesquita/ IL

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