Feira foi montada em tendas e instalada no Campo de Futebol do Jaraguá
Mara Cirino
Comerciantes reclamam da realização da Feira da Madrugada, ocorrida no último final de semana no Campo do Jaraguá, na Costa Norte de São Sebastião. Para eles, o fato dela ser feita no final de semana do Dia das Mães foi um duro golpe ao comércio local. A autorização foi concedida pela prefeitura após pagamento das referidas taxas.
Um dos mais revoltados é o comerciante Jacques Roznowski, que tem uma loja no Centro da cidade. “Fico revoltado porque esses caras não dão emprego pra ninguém, enquanto nós temos que pagar impostos, pagar tudo e ficamos como palhaços nessa história toda”.
Para ele, se houve a autorização por parte da prefeitura, não se pensou que o Dia das Mães é o segundo Natal, ou seja, melhor época de venda para os comerciantes. “Nós amargamos o ano inteiro e depois é isso, vem uma feirinha não sei de onde e as vendas no comercial local são prejudicadas”.
A reclamação foi generalizada nas redes sociais e o presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACE) da cidade, Eduardo Cimino, disse ter ficado espantado com a realização da feira. “Eu soube na sexta feira, mas até então ela seria em Caraguá e quando foi no sábado me ligaram dizendo que a feira estava aqui em São Sebastião”.
Cimino disse ainda que vai procurar mais informações da Secretaria Municipal da Fazenda até para saber sobre a responsabilidade pela organização da feira, quantas barracas vieram, quais produtos foram vendidos, se emitiram nota fiscal da mercadoria vendida, entre outros assuntos.
Ele também defende que o Dia das Mães é o segundo em termos de movimentação para o comércio local, “por isso estou surpreso”.
Independente da discussão, a dona de casa Valdelice Santos de Jesus, 43 anos, saiu no Itatinga para comprar roupa na Feirinha do Brás. “O preço está bom, por isso vou ver o que dá para levar”. Sorte da filha Kelly Santos, 17 anos, que aproveitava para experimentar vários modelos.
Autorizada
Segundo a Assessoria de Imprensa da Secretaria da Fazenda, o evento foi autorizado mediante cumprimentos de medidas legais. A licença foi expedida após autorização do Corpo de Bombeiros, o AVCB. No entanto, a corporação informou que a autorização era até o dia 10 de maio e a feira ainda ocorreu nos dias 11 e 12 de maio, sábado e domingo.
A taxa cobrada pela prefeitura foi de R$ 6.397.30. O espaço autorizado foi de 600 metros quadrados.
Ainda conforme a prefeitura, vários eventos como feira de Ibitinga, feira de malhas entre outras já foram realizadas na cidade. Outro ponto destacado pela Fazenda é que esse tipo de evento é pontual, levando em consideração que toda semana vários ônibus saem da cidade com destino a São Paulo, com centenas de pessoas para esse tipo de ação, as populares “sacoleiras”. A empresa organizadora, que não teve o nome divulgado, tem sede no município e tem como objeto social, serviços e organizações de feiras entre outros.
Foto: Imprensa Livre
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