Construção de rodoviária completa um ano sem previsão de término





Prefeitura “espera” que obra seja entregue “em breve”
Helton Romano

A demolição do antigo terminal rodoviário de São Sebastião, em maio de 2012, marcou o início da construção de uma nova estrutura para embarque e desembarque de passageiros. A expectativa era de que a obra fosse concluída antes da última temporada para atender a demanda de turistas. Mas o que era para durar seis meses, acaba de completar um ano.


Em outubro passado, mês previsto para término da obra, a Prefeitura reconheceu o atraso, embora tenha optado em chamar de “adequação do cronograma”. A Prefeitura atribuiu o contratempo a “questões geológicas”. Isto porque, os operários teriam encontrado pedregulhos, rochas e pilastras da antiga construção, dificultando a retirada. Desta forma, a finalização da obra ocorreria em plena temporada, o que também não aconteceu.
Nesta semana, a Prefeitura informou que a obra está em “fase de acabamento”, restando instalações hidráulicas, elétricas, pavimentação e cobertura. Desta vez, porém, preferiu não fixar o prazo de conclusão. “A Administração espera que o novo terminal possa ser entregue em breve”, limitou-se a dizer, por meio da assessoria de imprensa. Quanto ao atraso de seis meses, foram alegadas “condições meteorológicas”.


A reportagem tentou contato também com o engenheiro da obra, executada pela empresa Gama Construções, com sede em Caraguatatuba. Entre quarta e quinta-feira foram feitas cinco ligações. Na última delas, a atendente avisou que o engenheiro Sérgio Padilha não falaria com a reportagem.
O novo terminal rodoviário foi orçado em, aproximadamente, R$ 5 milhões e está sendo construído com verba do Governo do Estado. De acordo com a Prefeitura, o empreendimento terá capacidade de atender até 11 ônibus ao mesmo tempo e vai abrigar um ponto de táxi para sete veículos.

Improvisações
Como toda obra, essa também causou transtornos aos usuários de transporte coletivo que tiveram que ser deslocados para um ponto de ônibus, improvisado em frente ao terminal. A falta de proteção à chuva e de banheiros lideram as reclamações.
Já os passageiros da Litorânea utilizam o guichê instalado em uma banca de jornal próxima à balsa. No local, foi montada uma cobertura e colocados assentos. Segundo a dona da banca, houve rápida adaptação dos passageiros, principalmente os de Ilhabela que não precisam mais caminhar até o antigo terminal. Ela reclama, porém, da sujeira e falta de iluminação no local.


Foto: Helton Romano/IL

Comentários