Vereadores conhecem novas instalações e informações sobre ampliação do Porto de São Sebastião





Prioridade para a Docas é a construção de novo berço que aguarda licença prévia do Ibama no processo de ampliação do porto
A vereança sebastianense visitou o Porto de São Sebastião na tarde da última sexta-feira, para conhecer as novas instalações e obras que estão sendo realizadas e os estudos para ampliação da estrutura. O encontro foi agendado pelo presidente da Comissão Parlamentar de Assuntos Portuários da Câmara Municipal, vereador Reinaldo Alves Moreira Filho (PSDB).


Cerca de 20 pessoas, incluindo assessores dos parlamentares, participaram da visita junto com o presidente do Legislativo, Marcos Antônio Ferreira Tenório (PSC), os demais membros da Comissão Portuária da Câmara, Ercílio de Souza (PV) e Edivaldo Pereira Campos - Teimoso (PSB), além de José Reis de Jesus Silva (PSB), Jair Pires (PSDB) e Simei da Silva Ferreira (PSC). O grupo foi recebido por diretor-presidente da Companhia Docas de São Sebastião, o engenheiro naval Casemiro Tércio Carvalho e pelo engenheiro civil Alfredo Alfredo Mariano Bricks, diretor de Gestão Portuária, desde 2011 quando Tércio assumiu a diretoria da companhia. Segundo ele, hoje o principal “gargalo” do porto é a construção de um novo berço que depende da emissão de licença prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e integra as obras de ampliação do Porto de São Sebastião. “Nossa expectativa é a de mais dois meses para ter a licença ambiental”, revela Tércio, que também acredita assinar o contrato para as obras do novo berço até o fim deste ano.


Com o terceiro melhor desempenho entre os 29 portos públicos submetidos aos critérios do Índice de Qualidade de Gestão Ambiental em Portos Organizados, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o Porto de São Sebastião é privilegiado por uma configuração natural que o coloca como a terceira maior região portuária do mundo. Nos últimos dois anos, cerca de R$ 2 milhões foram investidos no Programa de Gestão Ambiental e a meta é torná-lo o primeiro, em todo o país, como exemplo de gestão ambiental, explicou o diretor-presidente da Companhia Docas sebastianense, Casemiro Tércio Carvalho aos vereadores.


Porto Modelo
Tércio apresentou à vereança, vários dados sobre as mudanças realizadas na área portuária, nos últimos dois anos antes da visita às instalações do porto “que é um dos cinco portos do Brasil regularizados oficialmente”, frisou ao destacar que o de Santos não está regularizado.


“Quando assumimos, tínhamos 100 mil m² de área, hoje temos 280 mil m² e a meta é chegar 2014 com 400 mil m²”. No entanto, explicou que São Sebastião nunca terá um porto grande e chegará a pouco mais de 1 milhão de metros quadrados, o que significa em um espaço equivalente a dois terminais do Porto de Santos. De acordo com Tércio, o objetivo é ter um “porto com eficiência na movimentação, com indicadores ambientais eficientes, que tenha bom faturamento e seja um porto modelo”. Para isso, planeja assinatura de contrato com uma empresa de software que fará a repaginação das atividades portuárias atualizando todos os dados referentes ao que acontece no porto sebastianense. “Será o primeiro porto do Brasil a contratar esses serviços”, comenta.


Outra questão apontada no encontro foi à possibilidade de construção de terminal de passageiros para transatlânticos. Tércio explicou que a dificuldade é que existe apenas um berço de atracação. Além disso, o navio de cruzeiro opera somente durante quatro meses e não haveria como financiar o píer, a inviabilidade financeira é um dos entraves. Ele informou que há estudo para um projeto de construção de píer para o turismo de passageiros na Praia Grande. Mas dependerá muito do interesse da iniciativa privada, de empresas operadoras e demais envolvidos para a viabilidade do projeto.


Foto: Celso Moraes/CMSS

Comentários