Presidente revelou que a Docas ajudou Petrobras no trabalho de limpeza do óleo
O presidente da Companhia Docas Casemiro Tércio revela que o Porto de São Sebastião permanece em alerta por consequência do vazamento de óleo no Terminal Marítimo Almirante Barroso (Tebar), na ultima sexta-feira. Ele conta que como autoridade portuária, cabe averiguação, por parte das Docas, das causas do incidente.
Para apurar quais fatores resultou no vazamento no Canal de São Sebastião, Tércio conta com o apoio da Marinha e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
“Não posso ficar de braços cruzados”, fala o presidente da Docas.
Casemiro Tércio encaminhou a ocorrência da última semana à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), nessa terça-feira. “Vou à Antaq, para saber qual procedimento seguir, quanto autoridade portuária, em casos desse porte”, comentou Tércio para a reportagem, antes de viajar para Brasília.
Todavia, o presidente da Docas pontua que não houve prejuízos contabilizados no terminal público. De acordo com ele, não houve perdas financeiras, por conta de atrasos em atracações. Porém, Tércio avalia que os impactos são diretamente ligados ao Turismo na região, além da pesca artesanal. “A preocupação é limpar a sujeira que foi feita”, diz.
Até essa segunda-feira, o Porto de São Sebastião não tinha ocorrido novas atracações. Situação essa que a Docas aproveitou para acelerar a reforma no cais.
Segundo Tércio, quando ocorreu o vazamento no Canal de São Sebastião a Docas não foi informada. Ele relata que era suspeita a movimentação intensa na noite da última sexta-feira, próxima ao Tebar. “Ficamos sabendo por terceiros”, comenta.
Tércio também conta que as embarcações de emergências foram oferecidas na ocasião para a Transpetro, a fim de minimizar as consequências do vazamento. No entanto, segundo Tércio, a ajuda foi recusada, com a justificativa de que todo o aparato da Petrobras era suficiente. “Mas no domingo pela manhã, nos procuraram, e aceitaram nossa ajuda”.
Casemiro Tércio diz que é importante não se associar as atividades e projetos da estatal com o porto, pois são de naturezas diferentes e com atividades também diferenciadas.
O Porto de São Sebastião é administrado pela Companhia Docas de São Sebastião, empresa vinculada à Secretaria de Estado de Transportes de São Paulo. (L.R.)
Foto: Jorge Mesquita/IL
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