Moradores do Morro do Abrigo cobram mais atenção do poder público com ruínas





Prefeito Ernane Primazzi diz que área precisa ser regularizada para receber melhorias como paisagismo e iluminação
Cristiane Lopes


A situação das ruínas de uma fazenda, localizada no Morro do Abrigo, entre as ruas São Paulo e Recife, na região central de São Sebastião, tem preocupado educadores e moradores de seu entorno. Além do aparente abandono da área, moradores denunciam o despejo irregular de resíduos próximo às ruínas, que já foram alvo de um programa de Educação Patrimonial, coordenado pelo arqueólogo Wagner Bornal, junto a estudantes do bairro, no ano de 2011. Segundo ele, existe um projeto de valorização das ruínas datado de pouco mais de quatro anos atrás, de responsabilidade da prefeitura e que ele teria dado algumas orientações. “As ruínas são de uma fazenda da segunda metade do século 19”, declarou. Fora isso, o terreno onde se encontram as ruínas tem sofrido desbarrancamento, por questões climáticas e intervenções realizadas próximo ao local.


Em declaração ao jornal Imprensa Livre, na tarde de ontem, o prefeito de São Sebastião, Ernane Primazzi (PSC) comentou que de fato existe um projeto de revitalização da área e que prevê a valorização das ruínas, com ações de paisagismo e iluminação, que transformem o local em uma praça ou outra área pública, como um parque. A intenção do Executivo é firmar parcerias com outras esferas governamentais para tirar o projeto do papel. “O que precisa ser feito ali, primeiramente, é um trabalho de contenção. Quanto às ações de valorização e iluminação da área, pretendemos obter financiamento ou junto ao Governo do Estado, ou junto aos parlamentares, por meio de emendas; ou ainda do Governo Federal, mas para isso falta resolver a questão da documentação da área”, adiantou o prefeito.


Ainda de acordo com Primazzi, o projeto de revitalização do local das ruínas está parado por problemas regularização da área. “Para conseguirmos verbas, por meio de convênios, precisamos que a área esteja regularizada, com matrícula em cartório, e esta, em questão, é de posse. Enfrentamos este mesmo problema com outras áreas, inclusive destinadas à habitação popular na cidade. Vou verificar em que situação se encontra esse processo para dar andamento ao projeto”, completou o prefeito.


Foto: Jorge Mesquita/ IL

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