Ernane estima gastar até R$ 6 milhões na recuperação de pontes e passarelas





Obras ainda dependem de autorizações e repasse do Estado
Helton Romano

A Prefeitura de São Sebastião tenta acelerar os trâmites necessários para recuperação de pontes e passarelas destruídas na Costa Sul. A promessa é de que as frágeis estruturas de madeira sejam reconstruídas à base de concreto. Para isto, o prefeito Ernane Primazzi estima gastar até R$ 6 milhões.
Parte dessa verba (R$ 1,5 milhão) será repassada pelo Governo do Estado, conforme anunciado no dia 28 de fevereiro. Um mês depois, o dinheiro ainda não chegou e as obras dependem de autorizações da Cetesb e do DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica). “Está nos finalmentes”, garante Ernane.
Na lista das estruturas a serem reformadas estão seis pontes e quatro passarelas. A maior delas, que liga a Estrada do Cascalho à Estrada da Beira-Rio, em Boiçucanga, teve o tráfego liberado ontem depois de 39 dias interditada.


Segundo o secretário-adjunto das Administrações Regionais, Carlos Roberto Favery, foram feitos alguns reparos na ponte para que os veículos pudessem transitar com segurança. Porém, ele avisa que apenas carros de passeio estão liberados.
A reportagem esteve no local e observou que não havia nenhuma sinalização restringindo o tráfego de veículos. O motorista de uma carreta que transporta botijões de gás parou sobre uma das cabeceiras e comentou: “Estou com medo de passar”. Depois, se encorajou ao ser lembrado do longo caminho que teria que percorrer para chegar ao outro lado.


A ponte teve sua estrutura abalada depois da tromba d’água ocorrida no dia 22 de fevereiro. Ela foi apontada como prioridade na visita que o governador Geraldo Alckimin fez ao bairro e sua reconstrução foi estimada em R$ 1,1 milhão.
Na tarde de ontem, funcionários de uma empresa com sede em Jacareí trabalhavam na sondagem do solo. As amostras colhidas serão analisadas para que os técnicos decidam o tipo de fundação que será usado na obra. Enquanto isso, uma máquina da Prefeitura retirava a vegetação de uma das margens do rio. Segundo o operador, a remoção era somente de árvores já derrubadas pela enxurrada.


Foto: Helton Romano/IL

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