Defesa Civil recebe treinamento do Instituto Geológico em áreas de risco da Costa Sul





Agentes reunidos na Vila Tropicanga antes de iniciar avaliação no local
A Defesa Civil de São Sebastião participou de um treinamento nesta semana, em campo aplicado pelo IG (Instituto Geológico) de São Paulo, cujo objetivo foi avaliar áreas de risco de escorregamento e de inundação na cidade. Os locais escolhidos foram a Vila Tropicanga, em Boiçucanga, e a comunidade Areião, no bairro de Cambury, ambos localizados na Costa Sul do município. Tais áreas, de acordo com o chefe da Defesa Civil, Carlos Eduardo dos Santos, o Carlão, são as que sempre apresentam problemas quando chove forte. A ação fez parte do curso sobre desastres naturais e mapeamento das áreas de risco e também envolveu o Consdec (Conselho Municipal de Defesa Civil), que conta com representantes de todas as secretarias. No total, aproximadamente 25 pessoas receberam orientações e explicações dos profissionais do IG e depois foram divididas em grupos para aplicar os conceitos em campo.


Em Boiçucanga, por exemplo, o geógrafo Rogério Ribeiro e o tecnólogo Eduardo de Andrade entregaram a prancha da área Tropicanga, cuja imagem é de satélite registrada em 2010, e apresentaram aos participantes a carta topográfica do local datada de 1978 sem moradias.
Com base nos documentos, os alunos observaram três situações de perigo em cada setor: risco de deslizamento de terra, vulnerabilidade e danos materiais e humanos que podem acontecer. “O objetivo de ir a campo é definir os setores que podem ter os mesmos e diferentes problemas. É importante verificar como é o solo, qual a estrutura da casa, enfim, detalhar todas as informações observadas no local”, fala Ribeiro.


Ficha
Durante o trajeto na Vila Tropicanga, os participantes verificaram a área e preencheram uma ficha de caracterização com vários tópicos, os quais foram esclarecidos antecipadamente pelas geólogas Lídia Keiko Tominaga e Maria José Brollo.
A dinâmica ocorreu, ainda, na Zeis (Zona de Especial Interesse Social) Areião, considerada uma das áreas de risco de inundação no município, onde também houve o preenchimento de uma ficha para caracterizar o local.


Para o agente e morador na Costa Sul, Francisco Rodrigues, 45, mais conhecido como Chicão, o curso é ótimo. “Estamos aprendendo muito mais do que já sabemos e as informações recebidas vão nos ajudar a desenvolver o trabalho com mais eficiência porque teremos noção melhor de visualizar as áreas de risco”, comenta Chicão, que reside em Boiçucanga. O curso terminou com a oficina para consolidação dos dados obtidos em ambos os lugares com continuidade da avaliação de risco no restante do município. A iniciativa tem a finalidade de capacitar à equipe municipal na percepção, reconhecimento e análise, com apoio de estudos técnicos já elaborados especialmente para a cidade após levantamento detalhado de toda a sua extensão e características geográficas.


Foto: Ricardo Faustino/PMSS

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