Trabalhadores de terceirizada da Transpetro paralisam atividades e conseguem ônibus esta semana |
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 Caso empresa não entre em acordo com as reivindicações apresentadas, categoria ameaça paralisação por tempo indeterminado a partir de segunda-feira
Mara Cirino
Cerca de 80 funcionários que atuam na manutenção do Oleoduto São Sebastião/Vale do Paraíba (Osvat-42), na Estrada do Rio Pardo, entre o município e Salesópolis cruzaram os braços na manhã de ontem ao receberem informação da empresa Petrobras que o alojamento onde estão possui todos os sistemas de comunicação. Eles são contratados da Engecampo, terceirizada da Transpetro, e desde a semana passada reivindicam uma série de melhorias. Os trabalhadores só foram para o serviço após a garantia de que pelo menos nesta quarta-feira um ônibus vai levá-los para casa. Também deram prazo até sexta-feira para que empresa apresente alternativas para o retorno da comunicação. Caso contrário, podem deflagrar estado de greve e paralisarem as atividades a partir de segunda-feira, por tempo indeterminado. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção do Mobiliário e Montagem Industrial (Sintricom), base Litoral Norte, Marcelo Rodolfo da Costa, explicou que os trabalhadores ficaram inconformados com a declaração de que estão bem servidos com sistema de comunicação. “Eles ficam alojados durante toda a semana e não tem telefone ou internet para se comunicarem com seus familiares”, destacou. Na semana passada, em nota oficial a assessoria de imprensa da Petrobras explicou a empresa Engecampo montou um canteiro com telefone, internet e que a equipe tem como se comunicar com os familiares. Outro ponto em negociação é a dificuldade de transporte até a sede da rede de distribuição da Petrobras – cerca de 1h30 pela Estrada do Rio Pardo. “Com as chuvas, é quase impossível conseguir passar com o carro de passeio”, afirma Costa. Diante desse quadro, representantes da Engecampo enviaram comunicado ao sindicato onde atestam que “em virtude da paralisação dos funcionários locados em Rio Pardo, a Engecampo está concedendo, em caráter provisório, a liberação dos ônibus para descer na quarta-feira e posterior subida na quinta-feira. Informamos que as negociações deverão prosseguir ao longo da semana com conclusão definitiva até esta sexta-feira”. Na condição dos colaboradores retornarem ao trabalho de imediato, a empresa garantiu ainda que as horas paralisadas não serão descontadas. O sindicato informou que a categoria reivindica também o pagamento das horas que ficam à disposição da empresa. “Muitas vão para seus lares, ou mesmo à noite, quando estão no alojamento, e podem ser chamados a qualquer momento para trabalhar. Assim, a necessidade da reivindicação”, concluiu Marcelo Costa.
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