Projeto para criação de peixe em cativeiro será implantado como opção econômica na cidade





23/1/2012 10:00

A Secretaria de Meio Ambiente (Semam), implantará na cidade o Projeto Bijupirá, que consiste em um laboratório de produção de alevinos (larva do peixe logo após seu nascimento). O projeto socioambiental visa melhorar as condições de vida da comunidade sebastianense, dando opção para diversificar sua atividade gerando aumento da renda e assegurando o direito do pescador de retirar seu sustento dos ecossistemas marinhos. De acordo com um levantamento feito pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios - Instituto de Pesca, a pesca marítima enfrenta uma crise expressiva devido a situação da maioria dos recursos que sustentam a produção pesqueira.
Desta forma, segundo o prefeito Ernane Primazzi (PSC), torna-se clara a necessidade de opções econômicas, ambientalmente sustentáveis para a população. “A maricultura vem como alternativa para atender a demanda comercial e preservar os estoques nativos de peixes, crustáceos e moluscos”, destacou.
Para o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Hipólito do Rego, o projeto torna possível realizar sonhos, “de capacitar o pescador a produzir, de levar o bijupirá para a merenda escolar, de repovoar a costa com um peixe das nossas águas, e principalmente, de dar atenção que o caiçara merece. Além de tudo vamos ganhar uma sala de aula viva, onde o aluno da rede municipal poderá acompanhar todas as etapas da produção e entender a importância de realizar esse sonho”, concluiu.

Projeto Bijupirá

O Bijupirá é um peixe nativo presente na costa brasileira apreciado pelo sabor e textura da sua carne. Ele apresenta características importantes para a viabilidade de cultivo como crescimento acelerado, podendo chegar a seis quilos em um ano, e excelente conversão alimentar.
A reprodução e o desenvolvimento de alevinos são integralmente feitas de forma natural sem uso de hormônios ou aditivos químicos. Para a reprodução de alevinos, os grupos de reprodutores (9 a 12 peixes de 4 a 6 quilos), são mantidos em terra em tanques de maturação com renovação continua de água do mar.
A fêmea desova naturalmente no início do verão quando a água atinge os 28 graus. Os ovos fertilizados pelos machos bóiam e são retirados do tanque por peneiras. Dos ovos nascem as lavas que são alimentadas inicialmente por microalgas e posteriormente com pequenos crustáceos. 

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