Turistas de Salesópolis fazem passeio de três dias pela Estrada do Padre Dória e chegam a São Sebastião







Passeio turístico começou no domingo na cidade do Alto Tietê e contou com 15 turistas



Técnicos da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (SECTUR) fizeram o receptivo de um grupo de 15 turistas que chegou à São Sebastião no início da tarde desta quarta-feira (15/11) após percorrerem o trajeto da conhecida estrada do Padre Dória. Depois de conhecerem o Centro Histórico da cidade, os turistas participaram de uma missa na Igreja Matriz de São Sebastião.

Intitulada 2ª Caminhada da Fé, os peregrinos saíram de Salesópolis, no Alto Tietê, no último domingo (12/11) e fizeram um percurso a pé pelo percurso conhecido como Rota Dória. O caminho, que tem início em Mogi das Cruzes mapeia os passos dos africanos em terras brasileiras e percorre as cidades do Alto Tietê até chegar ao sítio arqueológico em São Sebastião, local onde servia como rota para o tráfico de escravos.

Segundo os historiadores, entre os séculos XVI e XVII diante a inexistência de melhores caminhos para o Porto de São Sebastião, o Governo da Província de São Paulo determinou que se iniciasse a abertura de estradas que levassem o comércio, a agricultura e o povoamento às regiões que compreendiam São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba, Paraibuna, entre outras cidades do Vale do Paraíba e Alto Tietê.

No entanto, as obras só foram iniciadas no século XIX com a ajuda dos padres de São Sebastião, então designados como inspetores de estradas. O padre Manoel de Faria Dória foi o único a completar sua missão e a de seus companheiros, mas, com sua morte a principal estrada foi fechada e proibida de ser mencionada em mapas e documentos a partir de 1843. Diante disso, na época, por ser uma estrada vista como “clandestina” a rota Dória se tornou caminhos clandestinos do tráfico negreiro, tornando-se secretamente para grande importância histórica, cultural e para o desenvolvimento econômico das regiões que interligavam.

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