Serra de Maresias será interditada nesta terça-feira para o corte de dois Guapuruvus







Ricardo Faustino | PMSS

Corte de Guapuruvus visa promover a segurança dos usuários da rodovia

A interrupção será parcial e o trânsito fluirá no esquema Pare/Siga das 9h às 14h entre Maresias e Boiçucanga

A rodovia Rio-Santos, mais precisamente entre os km 158 e 159, na Serra de Maresias, na Costa Sul, será interditada parcialmente nesta terça-feira (15), das 9h às 14h. Segundo a Comdec (Comissão Municipal de Defesa Civil), a ação visa assegurar a integridade dos usuários durante o corte de dois Guapuruvus.

Ainda de acordo com a Defesa Civil, a intervenção será feita em parceria com o DER (Departamento de Estradas de Rodagem), EDP Bandeirante e Polícia Rodoviária Estadual. Por conta da supressão das árvores, o tráfego seguirá o esquema Pare/Siga, porém, desta vez, ao contrário das ações anteriores, não haverá interrupção no fornecimento de energia elétrica.

As espécies, segundo o chefe da Defesa Civil, Carlos Eduardo dos Santos, o Carlão, medem 29m e 22m de altura e estão inseridas entre outras 11 que – completamente secas – correm o risco cair. “Nós já retiramos várias delas nesta mesma situação entre o trecho de Toque-toque Grande e Barequeçaba”, disse Carlão. “Desta vez supriremos estas duas, uma situada no lado de Boiçucanga e outra em Maresias”, acrescentou. “Há ainda outras 11 a serem cortadas e serão, em breve, com prioridade àquelas que apresentam maior risco de queda”, concluiu.

Canoa

A madeira do Guapuruvu é muito utilizada para a confecção de canoa – embarcação típica caiçara – mas que, nos últimos anos, está sendo reduzida na região.

Todo material será doado pela Defesa Civil aos canoeiros e artesãos de Ubatuba, cidade que também fica no Litoral Norte de São Paulo. “Eles entraram em contato conosco e nos pediram porque estão sem a matéria-prima para a fabricação de canoas”, revela Carlão. Um deles é o mestre canoeiro e artesão Renato Bueno, 38, que inclusive participou de uma das operações. “Eu faço canoa por amor e também porque quero manter a tradição caiçara. Infelizmente, a cultura está acabando aos poucos”, declarou Bueno, que atua no ramo desde a sua infância.

(RF)




Fonte: Depto de Comunicação

Comentários