Vale e Litoral vacinam mais 100 mil contra a gripe






Dezenas de unidades de saúde de todo Litoral Norte ficaram abertas no último sábado

Reges Gama



No último sábado, considerado o dia D da 16ª Campanha Nacional de Vacinação Contra o Influenza (Gripe), foi realizado um mutirão de vacinação com atendimento em muitas unidades de saúde do Litoral Norte e de todo Brasil. Os locais ficaram abertos das 8h às 17h para imunização injetável.

Desde o início da campanha, Caraguatatuba conseguiu imunizar mais de cinco mil pessoas do grupo de risco. Segundo, Danielle Rodrigues, enfermeira da Vigilância Epidemiológica de Caraguá, este ano houve mais procura para o recebimento da vacina, no dia D, o qual 10 unidades de saúde aplicaram as doses.

Alguns mitos existentes sobre a vacina foram desmentidos por Danielle. “A vacina não causa gripe, muito pelo contrário, ela apenas previne. No máximo, o que pode acontecer é a pessoa ter uma reação à vacina com febre e dor no local da injeção, mas isso dura até 48 horas”, explica a enfermeira.

Pessoas com alergia a ovo não são indicadas para receber a dose. “Se a pessoa tiver alergia anafilática ao ovo, ou seja, reação alérgica que impede a pessoa até de respirar, ela não pode receber a imunização”, completa Danielle. A alergia deve se estender aos derivados do ovo, como bolo e pudim, por exemplo. Agora, se a alergia se restringir a apenas uma mal estar estomacal, a dose pode ser aplicada sem restrições. A vacina começa a fazer efeito, em média, 15 dias após o dia da injeção, agindo de uma maneira que faz com que o corpo comece a produzir anticorpos.

Dona Vilma Conceição Viana, 62 anos, moradora do Tinga, em Caraguatatuba, não deixa a sorte escolher seu destino. “É o terceiro ano que faço parte do grupo prioritário e tomei a vacina em todos”, conta a aposentada.

Em Ilhabela, a única unidade de saúde que funcionou sábado foi a da Barra Velha. Lá, foram dadas 160 vacinas.

O balanço da ação concentrada em São Sebastião deve sair hoje após a compilação dos dados enviados pelas unidades para a Secretaria de Saúde do município. A reportagem entrou em contato com a Assessoria de Imprensa de Ubatuba, mas até o fechamento desta edição não houve a divulgação dos números da ação realizada no sábado.



De acordo com o Ministério da Saúde, a cidade deve imunizar 80% de seu público alvo, ou seja, 16.160 pessoas. Em todo Vale do Paraíba e Litoral Norte, mais de 107 mil doses foram aplicadas.

Em 2013, as quatro cidades conseguiram atingir a meta em estipulada pelo Ministério da Saúde. Destaque para Caraguatatuba que vacinou 99,49% do grupo prioritário. Ubatuba e Ilhabela ficaram em torno de 90% enquanto São Sebastião aplicou 95,78% das doses.

Um balanço preliminar da Secretaria de Estado da Saúde, com base nos dados informados pelos municípios paulistas, aponta que o Estado de São Paulo vacinou 1,5 milhão pessoas entre 8h e 16h deste sábado, 26 de abril, quando acontece o “Dia D” da campanha de imunização contra o vírus Influenza, causador da gripe.

Do total vacinado em todo o Estado, 805.758 foram idosos com 60 anos ou mais, 396.303 crianças entre seis meses e menos de cinco anos de idade, 74.759 gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto), 90.551 trabalhadores da saúde, 1.391 indígenas e 190.611 pacientes diagnosticados com doença crônica.

Por todo o Estado 6,3 mil postos de saúde, entre fixos e volantes, estiveram abertos. A meta é imunizar 9,2 milhões de paulistas, o que representa 80% do público-alvo.

No Brasil, o Ministério da Saúde estipulou que 49,6 milhões de pessoas devem receber a vacina no período determinado, atingindo assim a meta de 80% do grupo prioritário.



Imunização

A imunização protege contra os subtipos do vírus influenza: H1N1, H3N2 e B. As doses devem ser aplicadas antes do período de inverno. Segundo o ministério, serão distribuídas neste ano 53,5 milhões de doses da vacina para os 65 mil postos de saúde. De acordo com a pasta, a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonia e de 39% a 75% os índices de mortalidade por influenza. Ainda de acordo com o ministério, a pessoa que é vacinada não fica gripada em função da imunização. Crianças de seis meses a cinco anos, pessoas acima de 60 anos, profissionais da saúde, grávidas e mulheres no período até 45 dias após o parto estão no grupo prioritário para receber a vacina. “É importante reforçar aos pais e responsáveis que a faixa etária para a vacinação contra a gripe entre as crianças foi ampliada neste ano. Todas as crianças entre seis meses e quatro anos de idade podem tomar a vacina gratuitamente em qualquer posto de vacinação. Vale esclarecer também que a vacina não provoca, de maneira nenhuma, gripe em quem tomar a dose, pois é feita de pequenos fragmentos do vírus que são incapazes de causar qualquer infecção”, afirma Helena Sato, diretora de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde.



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