Prefeitura desenvolve projeto relacionado à piscicultura na Aldeia dos Índios em Boracéia



Munir El Hage | PMSS

Técnicos do Departamento de Pesca da Prefeitura visitaram a aldeia da ultima semana

Com a finalidade de diversificar a produção e o consumo de alimentos, a Prefeitura de São Sebastião está desenvolvendo na Reserva Indígena Guarani Ribeirão Silveira, situada em Boracéia, na Costa Sul da cidade, o projeto Pirá – Tembi’u Marãey (Peixe: alimento sagrado).

A iniciativa é realizada em parceria com a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) e a CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) – órgão ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do governo do Estado de São Paulo, e está relacionada à piscicultura.

O objetivo é contribuir com a segurança alimentar e nutricional das famílias e favorecer, ainda, a adoção gradativa da criação em aquicultura e pesca.

Além disso, segundo o assessor do departamento de Pesca da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Evandro Figueiredo Sebastiani, outros fatores igualmente relevantes são o equilíbrio do sistema pelo consumo natural de insetos e larvas pelos peixes, responsável pela redução da incidência de pragas.

No local, existem tanques para o cultivo de peixes continentais nativos, que servem também para a capacitação dos índios, além da introdução dos alevinos e acompanhamento técnico das espécies em sistema de criação extensiva, realizada pelos próprios índios.

Alguns reservatórios, no entanto, serão reformados pela Prefeitura, porque apresentam problemas quanto ao escoamento de água.

Na última semana membros do Conselho Municipal de Pesca, Agricultura e Abastecimento da Prefeitura, estiveram na aldeia com a finalidade de atualizar o conhecimento das atividades que são realizadas na área, para a ampliação do projeto.

A visita também serviu para dialogar sobre a necessidade da comunidade em relação a novos projetos a serem desenvolvidos e subsidiar, com mais informações, os integrantes da Associação Comunitária Indígena Guarani, Tjeru Mirim Ba’e Kuaa’i, que fazem parte do conselho. “Nossa intenção foi a de nivelar o conhecimento para melhor tratar dos assuntos pertinentes à aldeia indígena”, frisa Sebastiani.

Sistema Agroflorestal

A Prefeitura também acompanha o projeto Etino Desenvolvimento em Sistemas Agroflorestais, cuja finalidade é atuar diretamente nas questões da agricultura, segurança alimentar e valorização cultural, com a abertura de novas frentes de ação para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade.

A iniciativa visa promover o etino-desenvolvimento e permitir a melhoria da qualidade de vida dos índios, possibilitando a manutenção das formas tradicionais de vida, uso da Mata Atlântica, melhoria da renda, valorização da cultura local (saberes, práticas e territórios), fortalecimento da organização social e o desenvolvimento de produtos e serviços.



De acordo com Evandro, para complementar a renda os índios plantam três tipos de palmito (juçara, pupunha e híbrido) sem devastar a mata. Ou seja, atuam de forma consciente, preservando o meio ambiente.

(RS/VM)

Fonte: Depto de Comunicação

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