Sabesp faz um prolongamento de 150 metros para levar dejetos para o mar
Mara Cirino
Moradores da região próxima ao mangue do Araçá, entre a Topolândia e o Varadouro, na região central de São Sebastião, estão preocupados com o início dos trabalhos de prolongamento do emissário submarino da Sabesp. Eles temem que a vida marinha seja extinta e que mais praias passem a ficar poluídas. Por isso hoje deve ser realizada uma segunda reunião da comunidade com a empresa. Na terça-feira passada o encontro foi com representantes da Prefeitura.
Uma das mais inconformadas com a obra é a trabalhadora rural e pintora Izaneide Sales dos Santos, 52 anos, que reside ao lado do canteiro onde estão os materiais que servirão para o prolongamento do braço.
“O que a Sabesp está fazendo é errado. O certo seria fazer uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Do jeito que está, vão jogar a merda no mar e as correntes marítimas vão trazer de volta para o Araçá, prejudicando ainda mais a vida marinha”, alerta.
Na última terça-feira, ela recebeu em sua casa o secretário-adjunto do Meio Ambiente, Silvio Nogueira, e o diretor da Secretaria de Administrações Regionais (Seadre), Beto Favarini, além de moradores, vereadores e assessores parlamentares, onde foi pedida informações sobre a obra.
“O Silvio disse que nada poderia ser feito porque a Cetesb disse que tava liberado. Mas isso não está certo”, argumenta. O que os moradores querem é que se não for possível fazer a ETE que o braço seja mais longo para levar os dejetos para mais dentro do Canal, evitando o retorno.
Para isso, hoje, às 19h, na avenida Vereador Antonio Borges, 723, no Varadouro, está agendada uma reunião com representantes da Sabesp que vão explicar o procedimento a ser realizado.
De acordo com a empresa está sendo executado um prolongamento de 150 metros do Emissário Submarino do Araçá, conforme acordo entre o Ministério Público, Sabesp e Cetesb.
Foto: Jorge Mesquita/IL
Comentários
Postar um comentário