Vereador Ercílio quer informações sobre andamento do processo de construção da ponte na Estrada do Cascalho




Para vereador, há vários pontos comprometidos na estrutura da ponte que podem causar sérios acidentes com seus usuários

Destruída após enchente que atingiu vários bairros da Costa Sul, em São Sebastião, em março do ano passado, a ponte da Estrada do Cascalho, em Boiçucanga, ainda não foi reconstruída. Moradores da região que precisam usá-la como único acesso às suas casas, ao trabalho, comércios, escolas, postos de saúde enfrentam dificuldades, principalmente pessoas com problemas de locomoção como os cadeirantes. A situação no local foi motivo de requerimento do vereador Ercílio de Souza, que solicitou ao Executivo informações sobre o andamento do repasse do Governo do Estado de São Paulo para execução da obra no Cascalho.

Ercílio explicou que “há vários pontos comprometidos na estrutura da ponte que podem causar sérios acidentes. Estou pedindo esclarecimentos porque vai fazer um ano que a ponte foi destruída na enchente e o governo destinou R$ 1,2 milhão para a obra. Sei que existe muita burocracia, mas a população corre risco porque a ponte está danificada”, disse Ercílio. O trabalho teve adesão do vereador José Reis de Jesus Silva, que reside na Costa Sul e acompanhou o drama das famílias na enchente de março de 2013 que deixou cerca de 400 famílias desabrigadas.

“Quero reforçar e assinar junto esse requerimento, pois precisamos defender os interesses da comunidade. O Governo do Estado deixou claro que disponibilizaria recursos para a construção da ponte, mas há trâmites burocráticos”. Ele explicou que para liberação da verba, o Estado solicitou da administração projeto para execução da obra. “A Prefeitura não tinha projeto pronto e teve de apresentar em dois ou três meses. De acordo com o vereador Reis, a “população está indignada e não aguenta mais essa situação que ninguém resolve”, concluiu.



Calamidade

As chuvas de março de 2013 levaram o prefeito Ernane Primazzi a decretar estado de calamidade pública. Vários bairros foram alagados e em Boiçucanga, um dos locais mais atingidos, a força da água derrubou casas e pontes como também outros acessos como o Beco 70, em Maresias, outra região bastante atingida junto com Juquehy e Cambury. A Rodovia Rio-Santos ficou interditada por cerca de 12 horas por causa da queda de, pelo menos, sete barreiras no trecho entre o km 156 e km162 da serra entre Maresias e Boiçucanga.

O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, acompanhado de secretários e diretores das áreas envolvidas, visitou região, na época, e anunciou a liberação de verbas para reconstrução dos locais afetados. Em 11 de outubro de 2013, o prefeito Ernane Primazzi participou, no Palácio dos Bandeirantes, da assinatura de convênio, por meio da Casa Civil, no valor aproximado de R$ 2 milhões. Os recursos foram destinados para a construção de pontes e passarelas.

No site da Prefeitura consta o Edital de Concorrência nº 8/13 que visa contratação de empresa especializada para prestação de serviços de construção de pontes sobre o Rio Grande (Boiçucanga), Rio Cambury, altura do nº 2.800 (Sertão de Cambury) e construção das passarelas na Rua Cambucaieiro (Boiçucanga) e sobre o Rio Maresias, na passagem da Rua da Sudelpa (Beco 70).

A abertura do edital está prevista para o próximo dia 20, a partir das 10h.





Foto: CMSS/Divulgação

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