Sessão da Câmara tem outro manifesto popular contra IPTU




Protestantes fazem manifesto silencioso durante sessão na Câmara sebastianense

Leonardo Rodrigues



Os vereadores sebastianenses presenciaram mais uma vez um manifesto popular contra o reajuste no IPTU durante sessão ordinária, na noite dessa terça-feira. Os trabalhos em plenário ocorriam sem qualquer novidade até as 20h, quando o público em plenário aumentou expressivamente, contando com pessoas empunhando as bandeiras do país, do Estado e do município, e outras mascaradas representando os caiçaras locais.

A diretoria do Sindicato dos Servidores (Sindserv) também se uniu às manifestações.

Todavia, o impacto dos protestantes foi quanto a seu volume, já que os mesmo optaram por assistir a sessão em silêncio. Eles aguardavam o uso da Tribuna por Fabiana Medioli, que representava os manifestantes e iria expor as queixas da população contrárias as mudanças ocorridas na Planta Genérica do município e que impactaram no aumento do IPTU.

Ao fazer uso da Tribuna, no fim da sessão, Fabiana iniciou sua fala fazendo menção a uma reunião, realizada um dia antes, entre uma comissão formada por moradores da Costa Sul com o presidente da Câmara, Marcos Tenório, e que gerou a oportunidade de expressão em plenário. Ela também registrou oralmente repúdio a alguns assessores parlamentares que teriam feito ameaças a manifestantes. Porém, até o momento o repúdio não teve qualquer outra formalização e nem a denúncia de nomes dos que seriam os ameaçadores.



Contradição

Contudo, o manifesto entrou em contradição quando Fabiana afirmara que o texto a ser lido não representava apenas à Costa Sul, mas toda a cidade. “Não é uma manifesto regional, mas municipal”, dissera por diversas vezes. Entretanto, apesar de se dizer representante da cidade, seguiu com um pedido à Mesa Diretora para que não houvesse um “privilégio” a Costa Sul, e que fosse também disponibilizado a Tribuna, nas próximas sessões, para representantes do Centro e da Costa Norte. Pedido esse acatado pela presidência da Casa.



Qualidade de vida

O texto lido por Fabiana aborda frentes que poderiam ser melhor exploradas para se tornarem fontes de receita, como o turismo, meio ambiente e o lixo. Críticas a qualidade do transporte público e a saúde ganharam espaço no manifesto. Além de assuntos como falta de investimento e planejamento para mobilidade urbana e acessibilidade no município.

Segundo a comissão da Costa Sul, há uma fiscalização (ambiental) permissiva e que trazem reflexos com o aumento de assaltos e furtos. A reclamação está no aumento do imposto que em teoria seria para sanar tais problemas. Porém, a comissão constata que o projeto aprovado na Câmara sobre a Planta Genérica da cidade gerou reajustes no IPTU que oscilam de 30% a 1000%.

Os manifestantes registraram sua dívida quanto o reajuste no imposto praticado segundo a inflação, além de questionarem a taxa do lixo. Em suma, espera-se da vereança uma justificativa para a provação do projeto que versa sobre a revisão da planta genérica e por seguinte o aumento do IPTU e que se revejam os valores praticados na cobrança do imposto à população.



Matriz

Apesar dos manifestantes entrarem em plenário apenas às 20h, o início e organização se iniciou fora da Câmara. A manifestação aconteceu na Praça da Igreja Matriz, em frente à Casa de Leis, com a participação de representantes políticos, de entidades, e populares, que se revezaram e usaram uma tribuna livre, instalada no local, para que todos pudessem ter a oportunidade de se manifestar.

O presidente do sindicato, Ivan Moreira Silva deixou à disposição dos populares e servidores um abaixo assinado reivindicando contra o reajuste no imposto.

Esse abaixo assinado está percorrendo a cidade, nas mãos de representantes das comunidades e, posteriormente será protocolado na Câmara.



Foto: Imprensa Livre



















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