Obra de hospital em Boiçucanga completa 2 anos


Fonte Imprensa


Chuvas e “despesas extras” são apontadas dentre os motivos para atraso
Helton Romano

Iniciada em janeiro de 2012, a construção de um hospital em Boiçucanga completa dois anos de execução, em ritmo lento. Nas últimas semanas, operários têm trabalhado em número reduzido. Ontem, não havia ninguém no local.
A obra tinha conclusão prevista para o dia 22 de janeiro de 2013. Em setembro, ao ser questionada pelo Imprensa Livre, a Prefeitura de São Sebastião garantiu que a construção estaria “a todo vapor”. Segundo o comunicado, o empreendimento estava em fase de acabamento interno (reboco, instalação de tubulações de gases, elétrica e hidráulica).


Um ofício, datado em 1º de outubro e assinado pelo prefeito Ernane Primazzi (PSC), informa que “o prazo para conclusão dos serviços civis do hospital está previsto para abril de 2014”. No documento, enviado ao vereador Jair Pires (PSDB), ainda são apontadas uma série de motivos para o atraso no cronograma: “interferências de ações de terceiros, dificuldades com trânsito de materiais, obstáculos técnicos que suscitaram adequações, ocorrência de chuvas, dentre outros”.
O prazo informado ao parlamentar, porém, já foi estendido novamente. Em entrevista concedida no mês passado, Ernane previu o término da construção entre agosto e setembro deste ano. O prefeito planeja que o hospital funcione, por etapas, a partir de janeiro de 2015. “Primeiro vai começar com o pronto-socorro e parte dos atendimentos médicos na área hospitalar. Não dá para montar todo o complexo de uma vez, até pela falta de médicos que existe. Tem que ir montando aos poucos”, disse Ernane.


Segundo ele, a verba destinada para concluir o hospital precisou ser desviada para “uma série de despesas extras que eram prioridades”. “Tivemos que recompor os problemas causados pelas enchentes e atender a população de Caraguatatuba que ficou sem hospital, por quase 40 dias, o que deu um gasto enorme”, alega. “Diminuímos o ritmo, mas não parou a obra”, declarou o prefeito.
O hospital foi orçado em R$ 12,3 milhões, sendo que pouco mais da metade já teria sido repassado à CDG Construtora. Na semana passada, a reportagem entrou em contato com o engenheiro da empresa, Adriano Ribeiro. Ele disse que não poderia dar informações e indicou que fosse contatado o engenheiro Aylton Assumpção que, de acordo com placa fixada no local, é um dos profissionais responsáveis pela obra. Assumpção, no entanto, sugeriu que a reportagem procurasse Ribeiro, que não mais atendeu as ligações.


Foto: Helton Romano/IL

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