Praça 16 de Março é entregue a população




Halsey Madeira|PMSS

A entrega oficial deve ocorrer em Fevereiro com a presença do governador

Durante a cerimônia prefeito anuncia entrega da Rodoviária, início da quarta fase da revitalização na Rua da Praia e lançamento da Marina Pública

Em cerimônia simbólica, o prefeito de São Sebastião Ernane Primazzi, (PSC), entregou na tarde deste sábado (28) a praça 16 de Março, terceira fase do maior complexo turístico da região, localizado na Rua da Praia, Centro do município.

De acordo com o prefeito a entrega oficial deve acontecer em Fevereiro com a presença do governador Geraldo Alckmin ou do secretário de Turismo do Estado.

Com um investimento de cerca de R$ 1, 5 milhão, a reurbanização da Praça 16 de Março é um projeto antigo, que passou por diversas fases e adaptações para finalmente ser entregue pela administração.

Por estar em área tombada pelo Condephaat e pelo Iphan, além de ser uma área de remanescentes arqueológicos, percorreu um demorado processo de licenciamento.

Primazzi explica que, além da morosidade no licenciamento, a obra ainda sofreu algumas intervenções já que no local foram encontrados fragmentos arqueológicos que precisaram ser retirados e levados para estudos.

Durante a cerimônia o prefeito também anunciou a entrega do novo Terminal Rodoviário, com previsão para o final de janeiro, o início da quarta fase do complexo turístico que contempla o trecho do final da 16 de Março até o píer do Tebar, com revitalização da praça do Lions, rancho dos pescadores (no início da praia do Porto Grande), troca asfáutica da Alta Pinder e Mario leite, além das travessas com acesso a Rua da Praia.

O destaque ficou por conta da Marina Pública de São Sebastião. Segundo o prefeito, já estão avançadas as tratativas para que a cidade comece a planejar o projeto. “Esse é um dos maiores sonhos da nossa população. Não sei se é possível entrega-la até o fim do meu mandato, contudo, deixarei tudo pronto e quem sabe a obra iniciada para o próximo prefeito”, enfatizou.

Em seu discurso Primazzi pediu ainda que todos colaborem ajudando a manter não só a praça, mas todos os equipamentos públicos em ordem. “ É lamentável os atos de vandalismo. A gente mal acaba de entregar e já temos de gastar com a manutenção. A praça não é minha, a praça é de todos nós e todos somos responsáveis pela sua ordem”, ressaltou o prefeito concluindo que o dinheiro investido é do imposto pago por cada um dos cidadãos.

PROJETO

O objetivo principal do projeto foi, a valorização e preservação dos aspectos históricos, culturais e ambientais da cidade. Com isso, todos os monumentos e marcos existentes como, a Pedra Fundamental da Esplanada das Bandeiras, o Obelisco e o Cruzeiro, foram mantidos e realçados.

Outro fator importante foi a preservação do ambiente natural das calçadas com a conservação integral das espécies arbóreas e arbustivas existentes. Além disso, foram criados novos espaços de contemplação e uso, devidamente equipados com bancos e lixeiras, com caminhos refeitos se integrando a nova urbanização do aterro da rua da praia.

Um dos destaques da revitalização da praça é o Deck, construído sobre as pedras à beira mar integrando-se harmonicamente com a praça, ampliando ainda mais a área da orla. O remanescente da praia foi exaltado com a retirada da mureta existente e sua acessibilidade garantida, com a construção de uma rampa adequada.

O projeto ainda resgatou uma antiga e importante intervenção da cidade: o trapiche Altino Arantes. Construído no início do século passado para receber embarcações de maior calado, acabou acolhendo a Excursão Presidencial – realizada entre 16 a 20 de agosto de 1919 - entre as cidades de São Sebastião, Villa Bella (hoje Ilhabela), Caraguatatuba e Ubatuba.

Um novo espaço que expressa bem o cotidiano da vida caiçara também foi criado, retratando a antiga praia existente antes do aterro. Nele estão presentes o rancho caiçara que serve de abrigo para as canoas e um mosaico cerâmico baseado num conto literário de Neide Palumbo (contadora de estórias caiçaras), que representa o antigo costume da cata de berbigão ou bebigão, criado pela artista plástica Isabel Galvanese.

Os canhões oitocentistas foram relocados representando a sua verdadeira origem, estrategicamente alinhados com as fortificações da Ilhabela. Um grande projeto paisagístico foi idealizado para trazer maior conforto térmico e ambiental ao espaço. Para isso, mais de 4 mil espécies tropicais foram plantadas no local.

Finalizando, a obra contemplou também um importante trabalho de sondagem arqueológica onde alguns resquícios arquitetônicos foram confirmados como peças de cerâmica neo-brasileira, faianças, utensílios de metal, frascos de perfumes em vidro, cachimbos, moedas, medalhas, entre outros comprovando a potência da vida local no passado.

(VM)

Fonte: Depto de Comunicação

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