Vereador pede criação de programa de conscientização de separação do lixo doméstico





Caminhão do lixo, no centro da cidade
A preocupação com a redução do lixo doméstico, que pode ser viabilizada por um trabalho de coleta seletiva e reciclagem eficiente gerando emprego e renda para o município, foi novamente apontada na última sessão da Câmara Municipal. O vereador Marcos Fuly (PP) sugeriu, à administração municipal, a viabilidade de se criar um programa de conscientização da separação do lixo doméstico. Em requerimento, aprovado por unanimidade, ele explicou sobre a importância de se discutir o tema, uma vez que a Política Nacional de Resíduos Sólidos determina a responsabilidade de cada município pela destinação final do lixo e aponta que “boa parte das 100 toneladas de lixo coletadas é composta de material reciclável”.


Esse é o principal motivo para a proposta feita ao Executivo de encaminhar, à Câmara Municipal, Projeto de Lei focado, especificamente, na questão da separação do lixo doméstico, com a possibilidade de prever, inclusive, premiações aos moradores, bairros ou regiões que se destacarem na separação do lixo ou até a possibilidade de a Prefeitura conceder descontos em impostos para quem contribuir com a coleta de forma adequada. Entre os questionamentos ao Executivo, ele quer saber se a campanha poderia destinar lixeiras diferenciadas às residências dispostas a participar do programa de reciclagem, desde que devidamente cadastradas, e se existe previsão de investimentos para a coleta seletiva desde a ampliação dos serviços para atender outros bairros até capacitação aos cooperados e melhores equipamentos para as cooperativas.


“A gente sabe que, a partir do ano que vem, cada município será responsável pelo seu lixo. Gostaria de insistir na coleta seletiva; Por isso, peço informações sobre a possibilidade de a Prefeitura criar, pela Secretaria do Meio Ambiente, algum mecanismo de incentivo para a separação e coletiva seletiva”, afirmou Fuly. Ele acredita que a medida traria resultados positivos como economia no transbordo, além de aumentar a mão de obra com programa de cooperados e, automaticamente, gerar empregos, recursos e contribuir para o meio ambiente. “Com um programa desses, ficaria até mais fácil conseguir verbas dos governos Federal e Estadual para fortalecer o sistema de cooperados”, declarou o vereador, que também parabenizou o prefeito Ernane Bilotte Primazzi pela iniciativa do projeto de instalar um galpão para reciclagem no bairro do Jaraguá, na Costa Norte do Município.

Preparação
A vereadora Solange Ramos (PV) elogiou o trabalho de Fuly e pediu para acrescentar a necessidade de educar também o funcionário que faz a coleta. “Gostaria que a Ecopav educasse o lixeiro. Separo tudo. Estava em casa e vi que eles pegaram o lixo e levaram tudo junto no caminhão, não tinha sucata”, explicou. O vereador Jair Pires (PSDB) confirmou ter presenciado alguns problemas em visita a Ecopav na segunda-feira. “Tive o cuidado de fazer uma visita na empresa ontem (segunda-feira) para verificar a questão do transbordo e da pesagem. Deparei com um caminhão que vinha de Maresias com 8 mil quilos, em um só caminhão. Hoje, como está, é levado tudo junto. Subi na rampa do transbordo e lá dentro do caminhão tinha um monitor de computador, um material que não deveria estar com o lixo orgânico, além de caixas plásticas que pesam e pagamos pelo peso”, disse Jair Pires. Ele também informou que o lixo de São Sebastião não está mais sendo transferido para Tremembé, mas sim para a cidade de Jambeiro.


O requerimento também recebeu apoio do vereador Edivaldo Pereira Campos, o “Teimoso” (PSB) que declarou faltar organização. “Temos de tomar conta do nosso lixo fazendo do modo correto”. Já, Ercílio de Souza (PV) completou que São Sebastião tem de acompanhar as grandes cidades e os países de primeiro mundo. “A gente está mostrando que quer o melhor para a nossa cidade”


Foto: Silvia Amparo/CMSS

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